MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Falta de investimentos ameaça produção de coco de SE


Agricultores alegam não ter renda suficiente para renovar as áreas.
Queda no preço do coco seco preocupa os produtores.

Do Globo Rural

Edijânio de Vasconcelos tem 120 hectares plantados com coco no município de Barra dos Coqueiros, litoral de Sergipe. Ele conta que a produção caiu nos últimos dois anos, a colheita que rendia em média 12 mil cocos passou para oito mil.
Cerca de 70% da produção de coco de Sergipe é do tipo seco, uma cultura que se mostrou rentável nas últimas décadas, mas com o aumento no preço dos insumos agrícolas e a queda no valor pago, os investimentos nas plantações diminuíram bastante.
“De uma maneira geral, o coqueiral do estado de Sergipe ele está em estado de idade avançada e precisaria de uma renovação. As plantas estão desnutridas, com problemas de pragas, doenças e possivelmente, nenhum programa de recuperação conseguiria fazer com que esse material chegasse a ter uma boa produtividade. O ideal seria realmente fazer uma renovação de pelo menos grande parte do coqueiral”, explica o agrônomo da Embrapa Humberto Fontes.
Sergipe é o terceiro produtor de coco do país, com uma produção anual de 253 mil toneladas. A maior parte abastece as indústrias de beneficiamento, que produzem o coco ralado e leite de coco.
A unidade estava valendo em 2011 para o produtor R$ 1, agora, gira em torno de R$ 0,40, preço mais baixo da última década. Na expectativa de melhores preços, os produtores estão aumentando o intervalo de colheita de três para quatro meses.
O presidente do Sindicato Nacional dos Produtores de Coco, Francisco Porto, explica que essa queda no preço está relacionada ao aumento da importação do coco ralado de países asiáticos. O produto vindo do exterior concorre diretamente com o nacional porque chega custando bem menos, embora tenha qualidade inferior.

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