Pacientes tiveram que ser transferidos por falta de equipamentos.
Paralisação que completou um mês já afeta a arrecadação de impostos.
No pátio do Porto Seco de Uruguaiana, com capacidade para 800 caminhões, mais de 700 veículos de carga aguardam a liberação das mercadorias. No Porto Seco de Novo Hamburgo, milhares de equipamentos médicos e hospitalares, como seringas, reservatórios de soro e material para hemodiálise, se acumulam.
A greve dos fiscais da Anvisa compromete a qualidade no atendimento aos pacientes no Hospital Regina, o maior hospital privado do Vale do Sinos. Equipamentos que garantiriam maior precisão em exames e materiais cirúrgicos estão retidos há mais de 45 dias e sem previsão de serem liberados.
A falta de um aparelho de raio x e de um microscópio para cirurgias neurológicas afetam os procedimentos. Um respirador como este é aguardado há mais de um mês na UTI neonatal. Crianças deixaram de ser atendidas e outras tiveram que ser transferidas.
Na tarde desta sexta-feira (17), o escritório da Anvisa em Novo Hamburgo estava fechado, descumprindo a determinação judicial de que 70% dos fiscais voltassem ao trabalho. As cargas paradas já comprometem a arrecadação de impostos. Uma única empresa de Porto Alegre já deixou de recolher R$ 500 mil em tributos desde o mês passado. Representantes de despachantes aduaneiros do Porto Seco de Novo Hamburgo também contabilizam os prejuízos.
"A gente tá tendo uma queda aí em torno de 40 a 50 por cento de faturamento", disse o representante de despachante aduaneiro, Gerson Sudekum.
Somente uma empresa de Santa Cruz do Sul que utiliza o serviço tem mais de R$ 4 milhões em mercadorias paradas.
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