MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Greve dos policiais federais completa 15 dias sem negociação


Policiais querem aumento de efetivo, de salários e reestruturação da carreira.
Sindicato diz que mantém escala habitual na Ponte da Amizade.

Ariane Ducati Do G1 PR

A greve dos policiais federais completa 15 dias nesta quarta-feira (22), e após ocasionar tumultos em aeroportos e aumentar o rigor das fiscalizações nas fronteiras com as operações padrão, agora provoca polêmica com o cumprimento da decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que determinou a suspensão dessas operações.

A determinação de quinta-feira (16) ainda definiu multa diária de R$ 200 mil para os sindicatos da Polícia Federal (PF) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) que descumprissem a medida.
Desde então, segundo a delegada do Sindicato dos Policiais Federais do Paraná (Sinpef-PR), Bibiana Orsi, na Ponte da Amizade, em Foz do Iguaçu, as escalas habituais da PF estão sendo mantidas.

“Não abandonamos o posto. Ocorre que o número de policiais é muito pequeno sempre, comparando com o número que seria ideal. Se tivéssemos abandonado a fronteira, com certeza o governo já tinha pedido reforço do Exército. Só não chamou, porque o nosso efeito está lá”, explicou Orsi.
No início da manhã desta quarta-feira (22), uma equipe de reportagem da RPC TV que esteve na Ponte da Amizade relatou que não encontrou nenhum policial federal trabalhando na fiscalização e os veículos cruzavam a fronteira livremente.

De acordo com a delegada do Sinpef-PR, os policiais designados pela escala da PF, de quatro a seis por turno, estão priorizando os serviços de imigração, emissão de multas, procedimentos do posto. “Estamos cumprindo a medida judicial e obedecendo a escala da Polícia Federal para Ponte da Amizade, no Aeroporto de Foz do Iguaçu e na Ponte Tancredo Neves, na fronteira com a Argentina”, contou.

Orsi ainda contou que a diferença de fiscalização na fronteira se deu porque durante a operação padrão o sindicato chamava servidores de outros setores da PF para ajudarem no trabalho na Ponte. Assim, a fiscalização e os demais serviços eram realizados por cerca de 40 funcionários. Agora, com a escala mantida, o número está reduzido ao habitual.

Diariamente cerca de 35 mil pessoas cruzam a Ponte da Amizade, entre o Brasil e o Paraguai. Esta é a fronteira mais movimentada do país.
A greve segue por tempo indeterminado e segundo a delegada do Sinpef-PR, Bibiana Orsi, "inflelizmente não há previsão para o fim, só Deus e o governo sabem".
Corte do ponto
Sobre o corte do ponto dos policiais federais e greve, conforme decisão do Ministério do Planejamento, na terça-feira (21), a delegada do Sinpef-PR disse que “faz parte”.

“Se a gente tiver que pagar pela greve e pelas nossas reivindicações, vamos assumir esse encargo. Da mesma forma que a gente tem o direito de trabalho, a administração tem o direito de cobrar por isso. Depois isso será tratado com o governo, vamos poder repor essas horas”, considerou.
Reivindicações
A categoria reivindica uma reestruturação na carreira dos policiais, especialmente em relação aos agentes, escrivães e papiloscopistas, aumento de efetivo e aumento do salário inicial de cerca de R$ 7.700,00, piso para profissionais que possuem apenas Ensino Médio. Os policiais exigem o piso de R$ 12 mil, valor pago para quem possui terceiro grau completo.

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