MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 5 de agosto de 2012

Levantamento mostra que caiu pela metade o lucro da pecuária em MS


Principal motivo da desvalorização é a má condição das pastagens.
Operação do pasto deveria ser parte do planejamento, dizem agrônomos.

Do G1 MS com informações da TV Morena

Um levantamento da Federação de Agricultura de Mato Grosso do Sul (Famasul) mostra que os lucros da pecuária no estado caíram pela metade nos últimos 40 anos. De acordo com o estudo, o principal motivo da desvalorização é a má condição das pastagens.
Na região sul de MS, poucas propriedades conseguem manter o pasto acima do joelho do animal, o que é ideal para os animais. Em Ponta Porã, a 346 km de Campo Grande, o criador Miguel Hernandes Derzi teve que investir em suplemento animal por conta do pasto baixo. Por isso, segundo ele, os gastos com o rebanho aumentaram nos últimos anos, diminuindo os lucros.
“O pecuarista já vem sofrendo há alguns anos em relação ao preço da arroba do boi. Enfrentamos os problemas com o mau tempo, pouca chuva, o pasto demora para crescer, e isso tudo contribuiu para diminuir a lucratividade”, diz o Derzi.
Ainda de acordo com o levantamento da Famasul, em 1970, o produtor lucrava R$ 821,58 por hectare com a cria, recria e engorda. Já em 2012, esse valor caiu para R$ 392,56.
O pecuarista Murilo Andrade cria gado na região de Amambai há mais de 10 anos. Ele tem cerca de mil cabeças de gado em sua fazenda para engorda e resolveu diversificar a produção ao perceber que os animais já não davam o mesmo retorno financeiro dos anos anteriores.
“Nós viemos observando essa queda da rentabilidade no decorrer dos anos, o que nos faz ter que tomar medidas de mais profissionais para aumentar a produtividade por área e ter jeito de manter a renda”, diz o pecuarista.
O estudo também aponta que o produtor rural precisa investir mais na propriedade melhorando a estrutura, pastagem e alimentação para que os animais fiquem mais saudáveis. O proprietário rural Francisco Cintra Franco tem uma fazenda em Bela Vista com meio milhão de cabeças de gado. Com o planejamento dos gastos, o produtor conseguiu reduzir custos.
“Você faz um bom preparo de solo, compra uma boa semente, coloca calcário na formação, faz um bom manejo com divisão de pasto. Fazendo este manejo melhor, o boi sempre vai comer melhor, porque ele sempre vai encontrar um pasto com um bom teor de proteína e a engorda é melhor”, afirma.
Engenheiros agrônomos recomendam que a operação da pastagem deve fazer parte do planejamento anual das fazendas. Segundo eles, o manejo de forma gradativa reduziria gastos excessivos com a suplementação. O consórcio com outras culturas e a divisão em piquetes também são algumas das alternativas mais eficientes.

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