Ministério diz que mortes por H1N1 em SC poderiam ter sido evitadas

Coordenadora de Doenças Transmissíveis participou de coletiva no estado.
Relatório aponta que diagnóstico tardio pode ter causado parte das mortes.

Do G1 SC

Coordenadora de Doenças Transmissíveis do
Ministério da Saúde esteve em SC
(Foto: Edivaldo Dondossola/RBS TV)

Na tarde desta terça-feira (14), a coordenadora de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Márcia Carvalho, esteve em Florianópolis para participar de uma entrevista coletiva. O motivo da visita foi a quantidade de mortes por Gripe A registradas no estado, já que Santa Catarina concentrou 73 vítimas - o maior número registrado em todo o país.
No ano passado, nenhum caso de morte pela doença foi registrado. Para a coordenadora, a não exposição à doença pode ter provocado o 'boom' de casos no estado. Além das mortes, 752 pessoas foram infectadas.

O Ministério da Saúde investigou as primeiras 28 vítimas do vírus H1N1. O estudo revelou que metade das mortes poderia ter sido evitada se os pacientes tivessem tomado o medicamento correto nas primeiras 48 horas após o aparecimento dos sintomas. A demora ocorre pois o medicamento Tamiflu normalmente é receitado pelo profissional de saúde após a confirmação do diagnóstico. Assim, se este é tardio, a morte pode não ser evitada.
De acordo com o Diretor da Vigilância Epidemiológica (DIVE), Fábio Gaudenzi, não é preciso esperar o resultado. O protocolo dá a liberdade ao profissional de saúde para iniciar a aplicação do medicamento. A discussão entre os diferentes órgãos pretende evitar que novos casos ocorram no próximo ano.