Maré chegou a 2,4 metros na tarde deste sábado (18).
Ondas atingiram o calçadão e deslocaram placas de cimento.
O militar Múcio Cruz não se surpreendeu. “Toda maré alta é assim”, conta Cruz, que foi atingido por uma onda enquanto dava entrevista. O cirurgião Gustavo Poli está preocupado. “A gente não sabe até onde esse mar vai chegar, podendo até mesmo prejudicar os edifícios da orla. Acredito que é necessário uma intervenção emergencial. Do jeito que está, não tem condições de ficar”, acredita Poli.
O militar Jonas Barbosa lembra que os problemas com a maré não são recentes em Boa Viagem. “À medida que o tempo vai passando, a gente vê o avanço cada vez mais rápido e mais próximo da pista”, diz Barbosa.
Apesar da preocupação dos moradores, os turistas aproveitaram o fenômeno para filmar de perto as ondas, que atingiam o calçadão. Alguns chegaram a se molhar, outros ficaram apenas olhando. A força da maré impedia que qualquer um tentasse entrar na água. Neste domingo (19), a maré vai atingir 2,5 metros às 4h40 e 2,4 metros às 17h.
A Empresa de Manutenção e Limpeza Urbana do Recife (Emlurb) informou que, na próxima semana, vai enviar uma equipe técnica para avaliar o trecho da orla de Boa Viagem mostrado na reportagem. A Emlurb explicou ainda que faz o monitoramento periódico de toda a beira-mar do Recife e aumenta as ações nos meses de agosto e setembro, por causa da maior quantidade de ventos na cidade, nesse período.
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