MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 12 de agosto de 2012

No RS, empresas fazem mudança radical com programa de inovação


Sebrae implantou nas empresas o programa Agentes Locais de Inovação.
Resultado é multiplicação de clientes, da produção e do faturamento.

Do PEGN TV

Em Porto Alegre, um programa de inovação ajuda as empresas a fazer uma mudança radical nas áreas de gestão e produção. Com planejamento estratégico, o resultado é a multiplicação do número de clientes, da produção e do faturamento, que chega a crescer até 200%. Os especialistas traçam um diagnóstico da empresa e indicam os aspectos que precisam ser melhorados.

Três amigos resolveram abrir juntos uma empresa: Lucas Engel, Gabriel Engel e Johalf Farina investiram R$ 6 mil na compra de computadores e alugaram uma sala comercial, em Porto Alegre. Especialistas em informática, desenvolvem softwares desde 2009. Mas como os negócios não deslanchava, eles procuraram a ajuda do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).
“A partir de uma oportunidade que surgiu de trabalhar com o Sebrae, focando em inovação, na época nós tínhamos projetos a serem desenvolvidos e nós tínhamos muitos focos na empresa, acabaria não ficando tão focada a empresa, a gente tinha muitas vertentes de trabalho. E a gente buscou no programa ALI (Agentes Locais de Inovação) uma forma de a gente conseguir determinar de que lado a gente iria dali pra adiante.”
O Sebrae implantou na empresa o programa ALI e ajudou a encontrar formas eficientes de aumentar o faturamento.

“O principal trabalho é prestar uma assessoria gratuita em inovação para o empresário. Ele faz isso através do que a gente chama de diagnóstico. Que é uma série de perguntas ao empresário para entender qual é a realidade da empresa e a partir disso trazer sugestões de ações que o empresário pode implementar na empresa pra tornar ela mais inovadora”, diz a gestora do Sebrae Cláudia Caterine Rodrigues Gestora.
O primeiro passo foi na internet. Os empresários desenvolveram o site da empresa com um portfolio detalhado mostrando tudo que já tinham feito. Criaram uma identidade e um canal de informação com o cliente.
Em pouco tempo, os empresários ficaram mais conhecidos no mercado. Criaram um logotipo para a empresa e colocaram informações de tudo o que eles produzem. Com mais divulgação, as portas se abriram e hoje eles desenvolvem softwares para diversos estados e também para outros países como a China, França e Finlândia.
O controle também ficou mais fácil. Os trabalhos encomendados não atrasam mais. E o número de atendimentos saltou de 20 para 100 por ano. Junto foi o faturamento: de R$ 8 mil para cerca de R$ 30 mil por mês.
“Agora a gente está buscando novas áreas para investir, uma vez que esta já está estabelecida, segura, então para não ficar parado, para não ficar em uma área só, a gente agora pode abrir novos focos de desenvolvimento”, diz o empresário Engel.
Empresa de alumínioO empresário Leandro Moraes herdou a empresa de alumínio do pai. Ela fica em Cachoeirinha, na Região Metropolitana de Porto Alegre. Leandro fabrica esquadrias de portas e janelas.
A matéria-prima chega inteira e os funcionários dão forma ao produto final. Ele é cortado reto ou redondo, de acordo com a necessidade do cliente. Mas o empresário achava isso pouco e queria ir mais longe. Pesquisou e viu que os concorrentes eram mais rápidos do que ele.
“O próprio mercado já vinha nos sinalizando que nós teríamos que fazer algumas modificações em termos de acabamento. O pessoal antigamente usava o alumínio numa cor natural e o mercado hoje nos exige um material, um acabamento mais refinado, mais requintado e nós achamos melhor, optamos em retirar um produto e adicionar um outro com melhor acabamento final do produto”, revela Moraes.
Em 2010, ele entrou no ALI e com o programa veio a inovação. A produção ficou mais ágil. O empresário investiu cerca de R$ 200 mil em uma moderna máquina de pintura e o resultado foi imediato. “Eventualmente, ele pode sim ter que desembolsar algum investimento, mas o retorno que isso vai trazer vai ser muito maior para ele, com certeza”, diz a gestora.
Valeu cada centavo. A máquina de pintura eletrostática a pó cria uma corrente elétrica e a tinta é atraída para o alumínio como se ele fosse um imã. O resultado é uma cor que nunca sai.
A mudança provocou um crescimento de 200%. Em 2010, o faturamento era de R$ 150 mil. E a previsão para este ano é de cerca de R$ 1,2 milhão. Com mais dinheiro entrando, a empresa também aumentou. Hoje tem 16 funcionários e ocupa uma área de 600 metros quadrados. Não é só maior, também chama mais a atenção. O escritório fica do lado do showroom. O cliente chega e tem uma boa ideia do que quer, vendo produtos prontos tão perto.
“Nós implantamos o sistema de esquadrias no show room devido a necessidade dos nossos clientes. Na realidade, o pessoal chegava aqui ou na própria concorrência e conseguia só visualizar no papel. Dessa forma não, o cliente sai daqui satisfeito sabendo o produto que ele está comprando, adquirindo para levar para sua casa ou para sua obra”, relata Moraes.
“Inovação não é invenção. Não é algo que a gente tenta botar dentro da empresa simplesmente para dizer que é diferente. Isso que a gente tenta implantar na empresa tem que mexer no bolso do empresário que é o que é mais importante pra ele”, diz Cláudia, do Sebrae.

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