MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

POBRE BRASIL! UM PAIS PARADO SOB A BATUTA DE UM GOVERNO OMISSO

Servidores públicos federais fazem greves e protestos em todo o país

Greve de agentes da PF e operação padrão na PRF causam transtornos.
No Rio, houve protesto na Candelária com funcionários de vários órgãos.

Do G1, em São Paulo

Servidores de órgãos públicos federais realizam protestos e paralisações em todo o país nessa semana pedindo melhores condições de trabalho e reajuste salarial.
Servidores se concentraram na região da Candelária, no Rio (Foto: Foto: Janaína Carvalho / G1)Servidores se concentraram na região da
Candelária, no Rio (Foto:Janaína Carvalho / G1)
Agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) fazem operação padrão em vários estados, realizando bloqueios em rodovias federais que causam transtornos e congestionamentos.
No Paraná, caminhoneiros trancaram a BR-277 contra demora para liberação de carga. Em greve, servidores da Polícia Federal (PF) mantêm apenas 30% dos serviços básicos e também realizam operação padrão em aeroportos e portos, provocando longas filas aos passageiros nos desembarques e atrasando a emissão de passaportes.

Nesta quinta-feira (9), milhares de pessoas realizaram uma passeata na Candelária, no centro do Rio de Janeiro, para pressionar o governo. A manifestação reuniu servidores públicos federais de órgãos como Ministério da Fazenda, da Defesa, Arquivo Nacional, Agricultura, Turismo, Previdência, Dnit e PRF.

O Ministério do Planejamento informou que está analisando qual “espaço orçamentário” do governo para negociar as reivindicações das categorias e que haverá reuniões com todos os sindicatos que representam servidores públicos federais buscando um acordo.

Veja como está a situação nos Estados:
Amazonas
Os servidores da Universidade Federal do Amazonas estão em greve, prejudicando milhares de alunos. PF e PRF fazem operação padrão, atrapalhando o desembaraço de produtos do polo industrial e provocando atrasos no desembarque de passageiros de voos internacionais.

Bahia
Em Salvador, servidores de todos os órgãos protestam nesta quinta em frente ao Banco Central. Os servidores do Incra estão em greve desde 26 de junho e apenas 30% dos serviços estão sendo mantidos. Famílias beneficiadas estão sem receber o atendimento.
A paralisação atinge também as universidades federais. Estão sem aulas a Universidade Federal da Bahia, Universidade Federal do Recôncavo, Instituto Federa da Bahia (Ifba) e Instituto Federal Baiano.
Já na PF, agentes, escrivães e papilocopistas estão em operação padrão e fazem protestos. A PRF também está em operação padrão, provocando congestionamentos nas rodovias do estado. Portuários da Companhia das Docas da Bahia fazem uma paralisação na manhã desta quinta-feira (9).

Ceará
Em Fortaleza, Aeroporto Internacional Pinto Martin tem filas nos setores de embarque e desembarque devido a uma Operação Padrão dos auditores fiscais da Receita Federal, policiais federais e servidores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) .
As categorias realizam uma averiguação minuciosa de bagagens e passageiros. As filas por espera de atendimento é grande, mas não foi registrado alterações nos voos por conta da mobilização.

Distrito Federal
Ao todo, pelos menos 25 carreiras estão em greve, tendo o aumento salarial como uma das principais reivindicações. Além de servidores de ministérios, estão em greve trabalhadores de fundações, agências reguladoras e do judiciário.
Nesta quinta (9), houve protestos em frente à Esplanada dos Ministérios. Manifestação seguiu da Catedral até a Praça dos Três Poderes. Os professores da Universidade de Brasília (UnB) estão em greve desde o dia 21 de maio e, em assembleia também nesta quinta-feira (9), eles decidiram, por 254 votos a 70, manter a paralisação.

Espírito Santo
Policias federais realizaram operação padrão no Aeroporto de Vitória, nesta quinta-feira (9),
com revistas minuciosas nas bagagens dos passageiros, causando filas na área de embarque.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) também realizou uma operação padrão no km 1 da BR-101, na Serra, nesta quinta, parando os motoristas de carros e motos. Segundo a assessoria de comunicação da PRF, a categoria vai decidir nesta sexta-feira (10) se adere à greve nacional ou não.
A greve dos fiscais agropecuários do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), que começou na última segunda-feira (6), paralisou as atividades em todos os setores.
O estado já registra mais de 40 processos parados de alimentos perecíveis desde o dia 29 de junho, aguardando liberação do Ministério da Agricultura, segundo o Sindiex.
A paralisação dos funcionários da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)  causa prejuízos principalmente na mineração, siderurgia, celulose, medicamentos e outros. Não há ainda como contabilizar esses prejuízos em valores. A falta de combustível também é reflexo da paralisação, de acordo com o sindicato.

Goiás
A greve da Agrodefesa, que já dura quase 10 dias, está causando prejuízos para os pecuaristas e açougues do estado. Em Rio Verde, sudoeste de Goiás, leilões foram cancelados. E para emitir a guia necessária para transportar os animais, é preciso viajar para outras cidades.

Institutos e universidades também estão parados. Docentes e técnicos administrativos do Instituto Federal de Goiás (IFG) entraram em greve dia 6 e a UFG está em greve há mais de 60 dias.
Além das aulas suspensas, o movimento também afeta atendimento no Hospital das Clínicas. A paralisação dos servidores da PF, iniciada na terça-feira (7), deve durar até sexta-feira (10).

Mato Grosso
Ao todo, são dez instituições federais com funcionários em greve. Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e Instituto Federal (IFMT); Agentes, escrivães e papiloscopistas da Polícia Federal; Servidores do IBGE, Funai, Incra, Ministério da Saúde e da Agricultura, Justiça Federal, Justiça Eleitoral e Justiça do Trabalho.

Minas Gerais
Em Belo Horizonte, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), que estão totalmente parados, fizeram manifestação em frente à sede do Ministério da Fazenda.
Também na capital mineira, os policiais federais protestaram na tarde desta quinta (9) em frente à sede da Polícia Federal, no bairro Gutierrez, na rRgião Oeste. Depois, houve uma passeata até a Praça da Assembleia, na Região Sul.

Em Betim, região metropolitana de Belo Horizonte, cerca de 40 policiais rodoviários federais intensificaram a fiscalização dos veículos, o que ocasionou congestionamento no sentido São Paulo-Belo Horizonte. Às 11h30, havia 10 quilômetros de vias paradas. A ação em protesto à situação da categoria começou na quarta (8).
No sul do estado, há problemas no porto seco de Varginha, com redução do serviço da Receita Federal e greve de funcionários do Ministério da Agricultura. As universidades federais de Lavras e Alfenas estão totalmente paradas. Na Universidade Federal de Itajubá, os professores não aderiram, amas as aulas estão suspensas devido à greve dos auxiliares administrativos.
Os institutos federais de Muzambinho, Inconfidentes e Machado também estão parados. Funcionários da PF estão em greve em Varginha.

Paraná
A PF e a Receita Federal fazem operação padrão, provocando atrasos e cancelamentos no Aeroporto Internacional Afonso Pena, em Curitiba, e demora no setor de despacho da aduana. Serviços de emissão de passaporte também são afetados.

 A PRF faz operação padrão na Ponte da Amizade, provocando congestionamentos, e os caminhoneiros trancaram a BR-277 devido à demora na liberação de carga.
Já os serviços de inspeção de frigoríficos e certificação estão parados pelos servidores do Ministério da Agricultora. Segundo a Receita, serviços de análise de crédito e restituições e ressarcimento de empresas estão suspensos.
No Porto de Paranaguá, cerca de 100 navios estão parados por depender da liberação da Polícia Federal para atracar. Os agentes também aderiram à greve dos servidores federais no estado.

Paraíba
Para chamar a atenção do governo federal em relação às reivindicações, professores e servidores técnico-administrativos federais se concentraram na manhã desta quinta (9) na Praça dos Três Poderes, no Centro de João Pessoa, e seguiram até o Parque Solon de Lucena.
Servidores fazem manifestação no centro de João Pessoa (Foto: Foto: Divulgação/Aduf-PB)Professores fazem manifestação
em João Pessoa (Foto: Foto: Divulgação/Aduf-PB)
A Universidade Federal da Paraíba já está com 30% dos seus trabalhos administrativos paralisados - o ambulatório da universidade também está parado.

De acordo com a assessoria do Sindicato dos Servidores Técnico-administrativos da UFPB (Sintesp-PB), uma intensa rodada de negociação com o governo federal está marcada para a próxima semana.


Pernambuco
Servidores do Ministério da Saúde e da Vigilância Sanitária estão em greve e fizeram protestos em Recife. A articulação é feita pelo Sindicato dos Trabalhadores Públicos Federais em Saúde e Previdência Social no estado.
Desde a noite de quarta-feira (8), o aeroporto internacional de Recife registra filas no embarque internacional e atrasos em voos devido à lentidão das revistas e inspeções da Polícia Federal. Segundo a Infraero, o voo da companhia American Airlines, que faz a rota Recife-Miami, já apresenta atraso nesta manhã de quinta (9).
Os agentes  resolveram aderir à greve da categoria na terça-feira (7).
A greve também afeta as rodovias do estado. No segundo dia de manifestação, os policiais rodoviários de Pernambuco fazem um bloqueio armado  na BR-101 Sul, em Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife congestionando o trânsito nos dois sentidos da BR e da estrada da Batalha.

Rio de Janeiro
Para pressionar o governo, servidores públicos federais de órgãos como Ministério da Fazenda, da Defesa, Arquivo Nacional, Agricultura, Turismo, Previdência, Dnit e PRF fizeram uma passeata na Candelária nesta quinta-feira (9) e prejudicaram o trânsito. Mas as vias já foram liberadas e o trânsito normalizado.  Em greve, a PF não emite passaportes e faz operação-padrão no Aeroporto do Galeão. Já os funcionários da PRF fazem operações na ponte Rio-Niterói, como protesto.

Rio Grande do Sul
Houve protestos dos servidores federais em Porto Alegre, reunindo integrantes de universidades, da previdência, do IBGE, da PRF, dos Ministérios da Agricultura, Saúde e da Fazenda, da Receita Federal, Banco Central, entre outros.

Também na capital gaúcha, servidores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) estão acampados no Salão de Atos da faculdade. Na quarta-feira (8), houve protestos da PRF em todo o estado.
As movimentações grveistas na capital também atingem o aeroporto Salgado Filho. A Polícia Federal anunciou que vai ampliar a operação padrão iniciada às 12h da manhã desta quinta-feira (9) no setor de embarque e irá até às 18h. Entre as ações, os agentes intensificam a verificação de bagagens e distribuem panfletos.

Rondônia
Funcionários de sete órgãos públicos federais aderiram à greve. A área mais afetada é a da educação com a paralisação da Universidade Federal de Rondônia (Unir) e do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (Ifro). Com quase todos os serviços paralisados, o único que continua funcionando é o atendimento de casos de urgências e preferenciais.
Na manhã desta quinta-feira (9), policias rodoviários federais  fizeram operação padrão na capital Porto Velho em protesto. Nos dias 13 a 17 de agosto, diretores e funcionários dos órgãos vão acampar em Brasília para pressionar o governo federal.

Santa Catarina
A Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) e a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio) conseguiram liminares na justiça para garantir a manutenção de 30% nos portos de Itajaí e Navegantes. A greve dos servidores da  Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), dos fiscais agropecuários e da Receita Federal fez com que contêineres ficassem acumulados nos portos, e algumas empresas do Oeste do estado já anunciaram a suspensão da produção.
Outro porto que também está parcialmente paralisado é o Porto de São Francisco do Sul.  O serviço de policiamento e fiscalização das instalações portuárias foram interrompidas para uma caminhada-protesto dos servidores do Ministério da Agricultura, Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e Receita Federal. As emissões de passaportes, os registros e as emissões de porte de armas também estão paradas.

São Paulo
Na capital paulista, a greve dos policiais federais  causou fila no Aeroporto Internacional de Cumbica com  600 passageiros tentando entrar no saguão de controle de passaporte nesta quinta. Por voltas das 16h, os policiais federais interromperam completamente o trabalho e cruzaram os braços. Depois de muitas reclamações, os trabalhos foram lentamente voltando ao normal, mas a espera ainda é grande.
Também estão em greve servidores da Polícia Federal, cujo movimento começou na terça-feira (7). Policiais rodoviários federais declararam estar em greve e realizaram operação-padrão na Via Dutra, causando congestionamentos.
Em Santos, as atividades do Porto foram parcialmente prejudicadas por causa da greve de 30% dos policiais federais na região.
Na região de Ribeirão Preto, as atividades da Polícia Federal estão paralisadas. Os agentes interromperam investigações, escoltas para audiências judiciais e depoimentos, mas os setores administrativos como atendimento do plantão, retirada de passaporte e setor de secretaria funcionam normalmente nesta quinta-feira (9).

Na região do Vale do Paraíba, as unidades da PF de São José dos Campos, Cruzeiro e São Sebastião estão com atendimento paralisado.
Em Sorocaba, Bauru, Araçatuba e Jales, a PF está em greve e mantém 30% dos funcionários trabalhando.
Na região de Araraquara, os policiais federais em greve fizeram blitz na rodovia Washington Luís na tarde desta quinta. O tráfego ficou lento, mas nenhum veículo foi multado. A cidade também teve protesto dos servidores da saúde. Eles entregam uma carta aberta à população com as reivindicações da categoria, como melhores salários e concurso para novas vagas.


Sergipe
Mega blitz de protesto dos policias rodoviários federais sergipanos causa congestionamento em na saída da capital, Aracaju, sentido BR-101.  Na Operação Padrão,a Polícia Rodoviária Federal (PRF) usou 15 agentes, número cinco vezes superior ao usado em blitzen rotineiras.

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