MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Prorrogação de IPI para carros ainda não está definida, diz Mantega


Ministro da Fazenda falou durante evento do BB em São Paulo.
Ele falou que precisa se reunir com o setores para avaliar resultados.

Fabíola Glenia Do G1, em São Paulo

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta sexta-feira (17) que ainda não tem definição sobre uma eventual prorrogação do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), que expira em 31 de agosto.
“O IPI de agora está muito bem, nós não estamos pensando numa prorrogação do IPI, ainda tem mais de 15 dias”, falou, em tom de brincadeira.
Segundo ele, antes de tomar uma decisão sobre a prorrogação, é preciso avaliar ao final do período em que foi dada a exoneração qual é o resultado. “Precisamos ver o resultado do setor, a geração de empregos, porque uma coisa está acoplada à outra. (...) Tudo isso tem que ser avaliado e ainda não fiz as reuniões com os setores”, disse.
Em maio, o tributo foi reduzido para proporcionar melhores condições para a indústria em meio à crise financeira internacional – que tem derrubado as previsões de crescimento de todas as economias. A redução do IPI proporcionou recordes nas vendas em junho e julho.

Mantega negou que a questão esteja sendo discutida na reunião que ocorre nesta sexta-feira, em Brasília, com a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), da qual o ministro, inicialmente, deveria participar. “Está sendo discutido o novo regime automotivo que deve ser concluído nas próximas semanas. São detalhes sobre o novo regime automotivo que vão estabelecer estímulos para, por exemplo, veículos que utilizem mais componente nacional, para veículos que são menos poluidores, que têm mais eficiência energética. Então, em função disso, é que nós vamos reduzir o IPI, mas não tem nada a ver com a coisa de agora. Para o futuro, quando a indústria automobilística estiver produzindo veículos mais eficientes em energia, estaremos reduzindo o IPI das suas taxas normais, mas é bom deixar claro: não é para agora. É para daqui a um ano, um ano e meio, dois.”

O ministro da Fazenda participou, nesta sexta-feira, de um encontro anual de superintendentes regionais e estaduais do Banco do Brasil, em São Paulo.

Recuperação da economiaMantega abriu a coletiva com a imprensa falando que há sinais claros de recuperação da economia, mas que ele ainda vê deficiência no crédito. “A recuperação da economia se torna cada vez mais nítida, nós já passamos o Cabo da Boa Esperança e no segundo semestre estaremos com uma economia crescendo mais do que foi no primeiro semestre”, disse.

Ele citou indicadores divulgados recentemente, como o resultado “extraordinário” do comércio varejista, os resultados da indústria automobilística, a geração de empregos e a previsão de crescimento divulgada pelo Banco Central.

“Ainda acho que temos que continuar tomando medidas e fazendo esforços para que haja consolidação deste crescimento. (...) Ainda estamos deficientes na área de crédito. Os bancos públicos estão tendo uma atuação muito boa e estão substituindo os bancos privados, que ainda não reagiram. Se os bancos privados já tivessem reagido, estivessem baixando juros, spread e aumentado o volume de crédito, estaríamos aquecendo mais rapidamente. O que nós precisamos neste segundo semestre é de uma expansão maior do crédito.”

Programa de Investimentos em InfraestruturaAo comentar o Programa de Investimentos em Infraestrutura, anunciado esta semana pelo governo federal, Mantega disse que, embora haja o entendimento de que o efeito das medidas ocorre em médio e longo prazo, há também um efeito imediato.

“O Brasil terá um grande programa de investimentos em curso, vamos ter uma oferta maior de logística a um custo menor e isso já pauta os investimentos que estão sendo feitos. (...) Isso anima as empresas”, comentou. “O mundo está com carência de bons investimentos. Então, influencia no curto prazo o aumento de investimento.”

Segundo Mantega, a taxa de rentabilidade destes investimentos gira em torno de 10% a 11%, “em termos do projeto como um todo”. O ministro acredita que haverá interesse do capital estrangeiro nos projetos.

CâmbioMantega disse ainda que as medidas cambiais que foram tomadas, das quais, a principal ele considera a redução da Selic, reduzem a arbitragem.

“Quando a taxa de juros é elevada, atrai muito capital especulativo, voltado para a arbitragem, não aquele voltado para o investimento. Daí tem um excesso e temos que criar barreiras. Quando a taxa é mais baixa, este fluxo diminui. Cai o capital especulativo e aumenta o investimento externo direto.”

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