MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 12 de agosto de 2012

Uso de aditivo em ração dificulta venda de carne suína para a Rússia


Alvo da polêmica é o pó amarelo que recebe o nome de ractopamina.
Substância estimula o ganho de peso dos animais.

Do Globo Rural

As exportações de carne suína enfrentam mais um entrave. Os compradores russos não querem carne de animais alimentados com um tipo de aditivo na ração. O alvo da polêmica é o pó amarelo que recebe o nome de ractopamina, produto que se encaixa na categoria dos promotores de crescimento. As substâncias estimulam o ganho de peso dos animais.
A granja de suínos em Planaltina, no Distrito Federal, utiliza o produto misturado na ração. O ingrediente é fornecido aos animais nos últimos 28 dias antes do abate e estimula a produção de carne magra. “Com isso, faz mais carne com menos ração”, explica o criador Rubens Valentim.
No Brasil, o uso da ractopamina na criação de suínos é permitido há uma década. Mas a utilização do produto é proibida nos países da União Européia, na China e na Rússia. Na última visita ao Brasil, os russos pediram ao governo uma garantia de que a ractopamina não será usada na carne exportada.
“O ministério pretende receber de quem esteja interessado em exportar carne para a Rússia um protocolo de produção que garanta que os animais não usaram a ractopamina”, diz Ênio Marques, secretário de defesa agropecuária do Ministério da Agricultura.
Nos cálculos da Cooperativa Aurora, de Santa Catarina, sem a ractopamina, os animais precisam ficar cinco dias a mais na engorda, para atingir o peso ideal de abate, o que encarece o custo em cerca de R$ 20 por cabeça. De acordo com Mário Lanznaster, presidente da cooperativa, apesar da despesa maior, é possível fazer a separação dos animais.
Em junho deste ano, o Ministério da Agricultura autorizou o uso desse aditivo também na alimentação de bois. Por isso, os criadores brasileiros terão que seguir o mesmo critério de segregação para exportar carne bovina para a Rússia e Europa.

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