Alvo da polêmica é o pó amarelo que recebe o nome de ractopamina.
Substância estimula o ganho de peso dos animais.
A granja de suínos em Planaltina, no Distrito Federal, utiliza o produto misturado na ração. O ingrediente é fornecido aos animais nos últimos 28 dias antes do abate e estimula a produção de carne magra. “Com isso, faz mais carne com menos ração”, explica o criador Rubens Valentim.
No Brasil, o uso da ractopamina na criação de suínos é permitido há uma década. Mas a utilização do produto é proibida nos países da União Européia, na China e na Rússia. Na última visita ao Brasil, os russos pediram ao governo uma garantia de que a ractopamina não será usada na carne exportada.
“O ministério pretende receber de quem esteja interessado em exportar carne para a Rússia um protocolo de produção que garanta que os animais não usaram a ractopamina”, diz Ênio Marques, secretário de defesa agropecuária do Ministério da Agricultura.
Nos cálculos da Cooperativa Aurora, de Santa Catarina, sem a ractopamina, os animais precisam ficar cinco dias a mais na engorda, para atingir o peso ideal de abate, o que encarece o custo em cerca de R$ 20 por cabeça. De acordo com Mário Lanznaster, presidente da cooperativa, apesar da despesa maior, é possível fazer a separação dos animais.
Em junho deste ano, o Ministério da Agricultura autorizou o uso desse aditivo também na alimentação de bois. Por isso, os criadores brasileiros terão que seguir o mesmo critério de segregação para exportar carne bovina para a Rússia e Europa.
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