MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sábado, 29 de setembro de 2012

Planejamento ajuda no pagamento de dívidas


Juliana Brito
A TARDE
Um estudo da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste) constatou que os consumidores têm, em média, 42% da sua renda comprometida com dívidas a pagar. Os especialistas indicam o planejamento financeiro tanto para prevenir o superendividamento - que é o comprometimento com dívidas maior que um terço da renda -  quanto para se livrar dele.
"O primeiro passo para quem deseja saldar as dívidas é fazer uma planilha com as despesas essenciais e ver o que sobra disso. Então, pode começar a negociar a dívida com o credor, de forma que a parcelamento dela seja inferior ao que sobrar. Não dá para negociar antes de se planejar sob o risco de não conseguir pagar e se endividar ainda mais", ensina o especialista em finanças Angelo Guerreiro Costa.
Se a proposta do credor for superior a capacidade que o cliente tem de pagar, há  duas alternativas: tentar reduzir as despesas básicas ou negociar um maior prazo de pagamento para a redução do valor da parcela. "Se não conseguir um acordo, o consumidor pode procurar um órgão de defesa do consumidor para intermediar a negociação", aconselha Costa.
Intermediação - O Procon-BA ainda não atua neste sentido, mas planeja criar um núcleo de intermediação entre consumidores superendividados e credores. A superintendente Gracieli Leal conta que tem feito reuniões com representantes de bancos e do setor varejista, como o Sindicato dos Lojistas da Bahia (Sindilojas) e a Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL), além do Serasa.
Uma proposta de atualização do Código de Defesa do Consumidor, que está em estudo, prevê uma ação semelhante a do Procon-BA. Se for aprovada, vai estimular a negociação das dívidas dos consumidores em audiências de conciliação com todos os credores, onde deve ser elaborado um plano de pagamento de até cinco anos.
Enquanto isso ainda não é possível, os órgãos e institutos de defesa do consumidor vêm atuando preventivamente. Em Salvador, o Procon-BA realizou nesta sexta, 28, a oficina temática "Como Prevenir o Superendividamento". A atividade vem acontecendo no último dia útil de cada mês e trabalha conceitos de planejamento financeiro.
Apesar de se considera organizada com os gastos, a costureira Adalzira Oliveira Côrtes confessa que ainda têm dúvidas. "Não entendo como os juros podem impactar no valor da compra. Também quero aprender mais sobre o uso do cartão de crédito para não me endividar", afirma.
Gracieli Leal conta que a ideia da oficina surgiu das reclamações de consumidores. "Uma idosa veio ao Procon pois havia assinado um contrato com uma financeira. Ao conversar com a filha, percebeu que pagaria caro pelo empréstimo e que não tinha nem recebido a  cópia do contrato. A partir de situações como esta, vimos que estava faltando educação para o consumo", diz.

Dicas para lidar com endividamento

Controle - Nunca comprometa mais de 33% do seu orçamento com dívidas a pagar. Organize os gastos na planilha para ter controle das dívidas
Parcelas - O ideal é evitar parcelar, mas, se não tiver outro jeito, o consumidor deve assumir poucas parcelas e evitar fazer novas dívidas
Custo - Em todas as operações financeiras, exija que o fornecedor mostre o custo efetivo total (CET), que corresponde ao valor efetivamente pago, incluindo juros, taxas, etc.
Prioridade - Priorize os débitos em que incidem juros mais altos, como o cheque especial e o cartão de crédito. Pague integralmente o que for possível
Negociação - Se não conseguir pagar a dívida,  procure o credor para negociar uma outra condição de pagamento, que deve caber no seu orçamento mensal. Documente o contato  com o número de protocolo, no caso de atendimento via SAC, e envie carta registrada com aviso de recebimento. Será útil em uma ação judicial
Mínimo - É de pouca utilidade pagar o valor mínimo da fatura do cartão de crédito. Os especialistas sugerem ir logo à negociação ou pegar um crédito de juros mais baixos para quitar o cartão.
Constrangimento - Um dos direitos de quem deve é não ser exposto a situações vexatórias

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