Fabricante diz ter triplicado produção: de 5 para 15 mil metros cúbicos/mês.
Para diretor regional da Ibracon, situação é passageira.
“Está muito difícil encontrar fornecedor, devido ao boom de engenharia que aconteceu aqui em Pernambuco. E também tem a parte logística da coisa: hoje temos Suape, Goiana, são extremos, e isso começa a dificultar a entrega na própria capital, onde temos essas obras”, reclama o construtor Ado Castro do Nacimento. Para os construtores, as concreteiras, responsáveis pela produção do material, sempre têm uma desculpa para não cumprir a data da entrega.
O crescimento da demanda transformou a logística de uma empresa que abastece o mercado recifense há cerca de 30 anos. De acordo com Leonardo Pacheco, gerente geral da concreteira, nos últimos 10 anos o índice de vendas triplicou: em 2002 a empresa vendia 5 mil metros cúbicos de concreto por mês, o equivalente a 625 viagens de um caminhão de grande porte. Atualmente, são aproximadamente 15 mil metros cúbicos mensais e cerca de 1.875 viagens.
Pulmão
Para conseguir entregar o concreto sem atrasos, Pacheco diz que foi preciso fazer alterações na logística: “Nós aumentamos a capacidade de estoque de material, qualquer problema de fornecimento, teremos um pulmão maior para não prejudicar nosso atendimento. Além disso, renovamos os equipamentos, para gerar confiabilidade e credibilidade junto ao mercado”.
Concreteiros
dizem que construtores precisam se antecipar nos pedidos porque
Pernambuco não conta com concreto de pronta entrega (Foto: Reprodução/TV
Globo)
De acordo com os especialistas do mercado, Pernambuco não conta com
concreto de pronta entrega. Graças a isso, o prazo mínimo é de uma
semana, 10, 15 dias ou mais. Com a demanda, o setor trabalha com
programação de vendas e, assim que a matéria prima chega, já começa a
produção. Além disso, concreteiros dizem que os construtores precisam se
antecipar nos pedidos.“Várias empresas entraram no mercado, exatamente para ajudar neste setor, tanto na parte de produção do concreto como em outras áreas, de construtoras. Tem muitos projetos envolvidos, tanto na Região Metropolitana do Recife como fora dela”, explica Romilde Almeida de Oliveira, diretor regional do Instituto Brasileiro do Concreto (Ibracon).
Apesar da escassez atual de material, o Ibracon garante que os problemas são passageiros e o mercado deve se adaptar para atender a demanda. “Não pode e nem vai faltar concreto para o Estado”, assegura Romilde Oliveira.
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