MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Capital dos EUA tem votação com temperatura abaixo de zero


Com frio de 0ºC, eleitores aguardaram votação dentro de escola.
G1 traz cobertura completa, com repórteres em nove estados decisivos.

Fabiana Santos Especial para o G1, em Washington, DC

Local de votação em Chevy Chase, subúrbio de DC (Foto: Fabiana Santos/Especial para o G1)Local de votação em Chevy Chase, subúrbio de
DC (Foto: Fabiana Santos/Especial para o G1)
No dia decisivo para os Estados Unidos, a temperatura pela manhã chegou a 0°C na capital Washington, mas o frio não desanimou o eleitor. Os norte-americanos vão às urnas nesta terça-feira (6) decidir qual será o próximo presidente, o democrata Barack Obama ou o republicano Mitt Romney.


Em Chevy Chase, subúrbio de DC, Estado de Maryland, os eleitores aguardaram para votar dentro de uma escola para escapar do frio. As urnas foram disponibilizadas às 7h, horário local (10h de Brasília). Logo cedo, a fila fazia curva no quarteirão, já que, diferentemente do que ocorre no Brasil, as eleições americanas não transformam o dia em feriado, e os eleitores devem votar e seguir para o trabalho.
Apenas as crianças estão sem aula e, consequentemente, os professores das escolas primárias estão de folga, já que os espaços de votação são colégios públicos, além de igrejas e centros comunitários.
O casal Anthony Ring e Kate Ring: cada um escolheu um candidato (Foto: Fabiana Santos/Especial para o G1)O casal Anthony Ring e Kate Ring: cada um
escolheu um candidato
(Foto: Fabiana Santos/Especial para o G1)
O produtor de mídias, Paul Franz, de 27 anos, foi um dos primeiros a votar. Ele chegou meia hora antes ao local de votação e afirma que escolheu Barack Obama porque gosta da filosofia do candidato. “Ele quer oferecer saúde e emprego, acho esses dois pontos muito importantes”, diz.
A contadora Rachel Liberaty escolheu Mitt Romney com convicção. “Estamos numa situação economicamente muito ruim para o país, tenho certeza de que o candidato republicano vai mudar as coisas e trazer mais empregos”, afirma.
O urbanista Lawrence Salmen também escolheu Barack Obama porque acha que ele respeita e trata melhor as minorias. “Romney é individualista e está ligado aos brancos com dinheiro.” Lawrence também destaca o aspecto militar. “Obama quer menos guerra e menos despesas militares. Ele quer gastar em educação e saúde”, completa.
Uma senhora diz, após votar, que escolheu Mitt Romney porque acha importante um candidato que vai valorizar a economia americana, mas ela se recusa a dar o próprio nome e também não quer fotos. Um democrata que passava por perto comenta: “Eles não gostam muito de serem reconhecidos por aqui”, diz, referindo-se ao fato de Maryland ser um Estado democrata, onde raros são os votos de republicanos.
A área do Distrito de Columbia e os Estados ao redor, como Maryland e Virginia, não foram afetados pela falta de energia elétrica causada pela supertempestade Sandy. Por conta disso, a votação por meio de equipamentos com toque eletrônico pode ocorrer com tranquilidade.
Nos locais de votação também não se vê pelas ruas ou portas das sessões eleitorais a quantidade infindável de santinhos espalhados pelo chão, comuns nas cidades brasileiras. A punição para fraudes eleitorais, como votar no lugar de outra pessoa, intimidar eleitores e vender o voto também é levada a sério. A multa pode chegar a US$ 10 mil e cinco anos de prisão.
O casal Anthony Ring e Kate Ring saíram confiantes depois da votação. Apesar de marido e mulher, cada um escolheu um candidato e dizem que não brigam por isso. Ele votou em Mitt Romney e ela em Barack Obama. “Eu sou republicano e quero taxas baixas”, diz Anthony. “E eu me preocupo com o lado social, os direitos das mulheres e todo tipo de direito civil”, rebate Kate, grávida de seis meses. A grande dúvida do casal é de que lado da política americana o filho vai escolher quando puder votar.

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