MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Comtac investe R$ 10 mi em nova fábrica no polo tecnológico de Ilhéus


Produção inclui modems, fontes de energia e placas de marcas asiáticas.
Ilhéus perdeu mais de 70 empresas de tecnologia desde seu auge em 2004.

Daniela Braun Do G1, em São Paulo

Fachada da nova fábrica da Comtac no Polo de Informática de Ilhéus (BA) (Foto: Divulgação)Entrada da nova fábrica da Comtac no Polo de
Informática de Ilhéus (BA). (Foto: Divulgação)
A fabricante de acessórios e componentes para computadores Comtac inaugura sua segunda fábrica no país, a Comtac Bahia, nesta sexta-feira (8), no Polo de Informática de Ilhéus (BA). A operação contou com um investimento inicial de R$ 10 milhões para a produção local de fontes de energia para notebooks, placas Wi-Fi para computadores e modems ADSL e de fibra ótica para acesso à internet.
A Comtac Bahia é a segunda fábrica da multinacional de origem brasileira P&B Holding, especializada na terceirização de eletroeletrônicos para empresas de países como China, Cingapura, Coreia, Portugal e Taiwan. A companhia já conta com uma fábrica em Santa Rita do Sapucaí (MG), onde produz 150 itens– de cabos de dados a roteadores–, um escritório comercial em Hong Kong e uma operação de controle de qualidade em Shenzen, na China. “Muitas fábricas chinesas não têm uma estrutura decente e temos quatro engenheiros que verificam a qualidade dos produtos que vamos montar no Brasil”, explica Luciano Lamoglia Lopes, diretor geral da P&P Holding, ao G1.
A nova fábrica de Ilhéus inicia as operações com a produção de 10 mil fontes de energia ao mês e 15 funcionários. Em janeiro, a produção mensal deve aumentar para 40 mil fontes e 40 mil placas Wi-Fi ao mês, contando com uma equipe de 60 pessoas. A empresa também pretende iniciar a produção de tablets de uma marca chinesa no país assim que o Processo Produtivo Básico (PPB), enviado em outubro, for aprovado pelo governo.
Operação da Comtac em Santa Rita do Sapucaí (MG) produtos 150 itens (Foto: Divulgação)Operação da Comtac em Santa Rita do Sapucaí (MG)
(Foto: Divulgação)
Revitalização do polo
Ao escolher sediar a fábrica em Ilhéus, segundo Lamoglia, a Comtac aposta na revitalização do polo tecnológico, que perdeu diversas fábricas após a crise da economia americana em 2008 e a oferta de incentivos fiscais por outros Estados. “O polo de Ilhéus está vazio. Esta foi a primeira região a trabalhar com incentivos fiscais para produtos de informática, mas São Paulo, Paraná, Minas Gerais e Rio de Janeiro entraram na ‘guerra’ oferecendo benefícios fiscais”, analisa o executivo.
De acordo com o Secretário de Indústria, Comércio e Planejamento de Ilhéus, Jorge Bahia, o polo de informática de Ilhéus chegou a ter 110 empresas de tecnologia em seu auge, entre 2004 e 2005, e hoje conta com 35 empresas.
A saída de empresas do polo também deixou profissionais capacitados sem emprego. “Tenho em torno de 1 mil currículos na minha mão, mas não há emprego ou expectativa”, conta Gentil Pires Filho, presidente do Sinec (Sindicato das Indústrias de Aparelhos Eletroeletrônicos, Computadores, Informáticas e Similares dos municípios de Ilhéus e Itabuna).
“O que temos a fazer é revitalizar o polo”, diz Bahia. Além da chegada da Comtac, o secretário informa que a Positivo Informática, âncora do polo, aguarda a liberação de uma área mais central no município para ampliar a produção de notebooks e computadores na região. O secretário também informou que a construção do Porto Sul - complexo portuário que será integrado à Ferrovia Oeste-Leste, ligando Tocantins a Ilhéus – prevista para 2016 vai ajudar a atrair novos integrantes ao polo de informática.
Com a oferta de galpões e mão-de-obra em Ilhéus, a Comtac Bahia conseguiu economizar no investimento em ativos, que somou R$ 5 milhões, segundo Lamoglia. A empresa aproveitou um galpão e o maquinário já instalados em uma área de 3 mil metros quadrados, por uma empresa de tecnologia que deixou o polo.
Somando produtos terceirizados e de marca própria, a Comtac espera alcançar um faturamento de R$ 40 milhões este ano, superando em 30% o resultado obtido em 2011.
Componentes nacionais
A Comtac e outros oito fabricantes de fontes de energia para notebooks e desktops também brigam pela nacionalização do componente junto ao governo. “Os fabricantes de notebook têm a obrigatoriedade de ter 30% das peças fabricadas no país. Por que não são 90% como nos celulares ou 80% como nos modems?”, questiona Lamoglia.
Em junho, segundo o executivo, o grupo de fabricantes enviou um documento do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) pleiteando um percentual maior de nacionalização de componentes em notebooks. "É uma oportunidade de aprimorar a Lei de Informática gerando muito mais empregos”, diz o executivo que, até o momento, não recebeu resposta do ministéri

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