MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Corte das folhas da carnaúba garante renda a agricultores do sertão do CE


Cera é usada na indústria de cosméticos e para dar polimento em móveis.
Sobras da folha são aproveitadas na fabricação de vassoura e artesanato.

Do Globo Rural

O corte das folhas da carnaúba rende um bom dinheiro para a população do Ceará no período em que a estiagem deixa poucas alternativas de trabalho.
O comboio de jumentos carregados com folhas de carnaúba que chega do campo transporta a carga em várias viagens por dia, tangidos pelos chamados comboieiros. O passo seguinte é separar as folhas e colocá-las para secar ao sol.
Nessa época do ano no sertão, o solo sem nada serve para secar a carnaúba no município de Santana do Acaraú, na região norte do Ceará. O ciclo acontece entre os meses de agosto e dezembro, período que não chove no estado. O corte das folhas é realizado durante todo dia todo, todos os dias da semana. Debaixo de um sol escaldante, a atividade cansativa garante o sustento de muitas famílias do semiárido.
O objetivo final do processo é a extração da cera. Depois de secas, as palhas podem ser batidas manualmente. O pó será usado para a confecção da cera. Outra forma mais rápida de é feita com a ajuda de uma máquina. Alguns produtores alugam o equipamento que de um lado recolhe o pó e do outro tritura a palha que serve para adubar a terra.
Todas as etapas do processo ocupam muitos agricultores de vários municípios do sertão. A renda é importante para os trabalhadores que já tiveram muito prejuízo neste ano de seca. A pouca chuva de 2012 causou redução no desenvolvimento das folhas. Apesar disso, não deve haver queda na produção de cera.
Segundo o biólogo, quanto mais seco há mais pó para ser extraído da palha. “A gente acredita que em tempos mais secos a tendência é que a planta produza mais cera, que é uma proteção da folha para que não perca água. A gente percebe que num ano que tem maior insolação a gente tem maior produção de cera”, diz Eli Brizeno.
Desde setembro, o produtor de cera Carlos de Sousa faz tabletes de cera branca. Ele comercializa uma média de quatro toneladas de cera por mês para a indústria do Ceará. O preço de cada tonelada varia entre R$ 160 e R$ 190.
A cera é usada, principalmente, na indústria de cosméticos e para dar polimento em móveis, peças de carro e frutas. As sobras da folha são aproveitadas na fabricação de vassoura e no artesanato.

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