Julgamento do goleiro Bruno é adiado
Magistrada Marixa Fabiane remarcou julgamento para 21 de janeiro.
Novo advogado de goleiro Bruno alegou não conhecer processo.
Goleiro Bruno conversa com advogados antes do início do terceiro dia de júri (Foto: Maurício Vieira/G1)
O julgamento do goleiro Bruno Fernandes foi desmembrado e adiado para
21 de janeiro, segundo decisão da juíza Marixa Fabiane, anunciada nesta
quarta-feira (21), no Fórum de Contagem, em Minas Gerais. O goleiro foi
retirado do plenário para ser levado novamente para a penitenciária
Nelson Hungria."Eu preciso de mais tempo para estudar esse processo", disse Silva no plenário. É a segunda tentativa de adiamento de Bruno, que na terça-feira (20) pediu a destituição de seus advogados Rui Pimenta e Francisco Simim. Na terça, juíza Marixa aceitou o pedido de destituição de Pimenta, após o jogador alegar que não se sentia seguro para continuar com ele, e negou o de Simim.
Segundo o promotor Henry Castro, o atual defensor do goleiro, Simim, apresentou nesta quarta-feira um documento chamado substabelecimento pedindo sua substituição por Adolfo, dando poderes ao novo advogado. O promotor afirmou que o pedido é uma "manobra" da defesa para adiar o julgamento.
A juíza afirmou que "não obstante haver claras evidências de manobra, por outro lado também é verdade que o documento que foi apresentado a mim foi de substabelecimento", justificando sua decisão. "Estou acolhendo o pedido da defesa para conceder ao advogado prazo para o conhecimento do processo", disse ela.
O promotor afirmou que os advogados de Bruno atentam "contra quem quer trabalhar". O Código Penal, lembrado por ele, prevê multa de dez a 100 salários mínimos por abandono de processo que não for por motivo imperioso.
Para o novo advogado, a medida não foi uma manobra. "Eu tomei conhecimento do processo hoje, a juíza autorizou que eu pegasse uma cópia do processo. Vou me dedicar e vou me preparar para uma defesa que vá de encontro com as necessidades" do goleiro, disse ele.
Questionado pelos jornalistas, Adolfo perguntou: "Vocês acham que neste ambiente tenso é possível se fazer um julgamento justo?", referindo-se ao júri instalado desde segunda-feira. O julgamento continua para dois outros réus no processo: Luiz Henrique Romão, o Macarrão, e Fernanda Gomes de Castro, ex-namorada do goleiro.
Destituição
O goleiro argumentou, na terça-feira (20), que pediu a destituição de Simim por ele representar sua ex-mulher, Dayanne Rodrigues, ré na ação. A magistrada entendeu que o goleiro pretendia adiar seu julgamento e negou a solicitação, mas Bruno negou esse objetivo e alegou que não queria prejudicar a defesa de Dayanne.
O promotor do caso pediu para que Dayanne, que responde à ação em liberdade, tivesse mais tempo para ser defendida por outro advogado. Bruno, réu preso, tem preferência de julgamento. A juíza seguiu este entendimento e determinou que Dayanne seja julgada em outra data, possivelmente junto com Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, que conseguiu o desmembramento do júri.
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