MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Em um ano, programa ajudou 300 pessoas viciadas em drogas e álcool


Núcleo atende homens com idade entre 17 e 58 anos em Vilhena, RO.
'A decisão tem que vir do próprio dependente químico', diz coordenador.

Andréia Machado Do G1 RO

Augusto (esq.) ajuda o filho Fernando (dir.) no tratamento (Foto: Andréia Machado/G1)Augusto (esq.) ajuda o filho Fernando (dir.) no tratamento (Foto: Andréia Machado/G1)
“O meu maior desejo é largar o vício do álcool’, diz o jovem Fernando Silva de 24 anos, que enfrenta o problema do alcoolismo há seis. Fernando está sendo assistido pelo Programa de Redução de Danos de Álcool e Drogas da Secretaria Municipal de Saúde de Vilhena (RO). O núcleo foi implantado há um ano e já atendeu cerca de 300 pessoas. Homens de 17 a 58 anos buscam tratamento na unidade, segundo o coordenador, Jessé Moreira Ramos.
De acordo com Fernando, a ajuda do pai, Augusto Silva, foi fundamental para a decisão de procurar tratamento para o problema do alcoolismo. “No começo eu achava normal beber nos finais de semana, mas depois eu sentia vontade de beber todos os dias, não conseguia trabalhar nem estudar isso foi acabando com a minha vida. Meu pai conversou comigo e percebi que precisava de tratamento. Estou confiante que vai dar tudo certo”, diz Fernando.
Augusto conta que está apoiando o filho em todo o processo de recuperação. “Sei que ele vai precisar ficar internado em uma clínica de reabilitação, mas é para o bem dele porque se ele continuasse nesse caminho as coisas iam se complicar”, fala Augusto.
“A decisão tem que vir do próprio dependente químico, mas é muito importante a participação da família no processo de recuperação”, explica o coordenador Jessé.
Os pacientes que são atendidos no programa recebem acompanhamento com assistente social, psicóloga e psiquiatra. "Fazemos uma avaliação do caso e dependendo da situação eles recebem medicação para ajudar a controlar os sintomas de abstinência, ou ainda são encaminhados para internação em algumas clínicas de recuperação da cidade” fala o técnico em reabilitação.
Jessé afirma que atualmente o programa de internação é realizado apenas com os homens. “Infelizmente não temos clínica de reabilitação para mulheres em Vilhena”. Jessé explica ainda que nos casos de mulheres dependentes, há um acompanhamento dos profissionais do programa de redução de danos, mas sem internação.
O coordenador revela que usa a experiência de vida para ajudar na recuperação dos dependentes químicos da unidade. “Eu fui, viciado em crack e me recuperei. Por isso sinto prazer em ajudar as pessoas que buscam ajuda. Tem muitas pessoas precisando de ajuda seja por envolvimento com drogas ou álcool”, finaliza Jessé.

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