MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 25 de novembro de 2012

Empresa fatura com produção de alimento típico da Indonésia


Aposta no mercado de produtos naturais fez lucros crescerem.
Empresária de Brasília investiu R$ 120 mil e hoje fatura R$ 8 mil por mês.

Do PEGN TV

Uma pequena empresa de Brasília está faturando alto com a produção do tempeh, um alimento à base de soja. A comida é típica da Indonésia e muito apreciada pelos vegetarianos, por causa do alto valor nutritivo.
A empresa desenvolveu um ingrediente especial para o tempeh, com apoio de um programa de inovação, e os lucros dobraram.
O tempeh é um alimento feito com grãos de soja cozidos e fermentados pela ação de um fungo, chamado Rizopus. O tempeh é rico em proteína, tem textura firme e sabor de cogumelo e nozes.
A empresária Ana Cristina Neves enxergou no alimento que faz bem à saúde uma excelente oportunidade no mercado de produtos naturais.
“Eu fiz 5 quilos, 10 quilos, depois 50 quilos. Também tive que ir redimensionando maquinário, espaço, o meu conhecimento”, conta.
Para inovar, a empresária de Brasília procurou a ajuda do Sebrae. Ela participou do Sebraetec, um programa que facilita o acesso dos empreendimentos às novas tecnologias. Isso é feito através de linhas de crédito especiais e subsídios que podem chegar a 80% do valor dos projetos.
“A gente percebeu que ela precisava de um planejamento estratégico para posicionar a empresa dela num cenário de três anos, que foi o que a gente propôs. Inicialmente, ela não tinha uma noção de qual seria o público-alvo dela, então a gente fez uma definição de público trabalhando mercados A e B”, explica Flávia Firme, do Sebrae de Brasília.
Após a capacitação, Ana Cristina teve uma ideia que impulsionou o negócio. No início a empresária importava o fungo para o tempeh da Indonésia, da Bélgica, dos Estados Unidos. Ela pagava mais de € 20 por apenas 15 gramas do produto.
Como o custo ficou alto, ela decidiu pesquisar sobre o processo de reprodução desse fungo e fazer tudo aqui no Brasil. Ana Cristina construiu um laboratório e até contratou uma especialista em micologia
“Eu fiz um curso de formação de preço no Sebrae e constatei que precisava conhecer a reprodução do fungo para abaixar esse custo e aí sim investir numa empresa de tempeh, né?”, relata a empresária.
A empresária investiu R$ 120 mil na construção do laboratório e aquisição de equipamentos. O fungo que serve como fermento biológico é colocado numa incubadora por sete dias para reprodução. Depois, ele é transformado em pó.
Em outro local da fábrica, a soja pré-cozida e em grãos é lavada, centrifugada e misturada ao fermento em pó. O produto é colocado em embalagens apropriadas e vai para a estufa por 24 horas. Depois, o tempeh é congelado e já pode ser vendido.
O quilo do tempeh sai da fábrica por R$ 35. São feitos 30 quilos por dia. Mas o objetivo é atingir em 2013 uma produção mensal de uma tonelada e meia. O faturamento atual é de R$ 8 mil por mês.
“É um produto extremamente inovador e dentro dessa consultoria de planejamento estratégico já foram definidos novos produtos que ela pode comercializar”, diz Flávia, do Sebrae.
O tempeh é vendido principalmente para restaurantes especializados em produtos naturais. Um estabelecimento de Brasília consome 10 quilos do produto por semana. O chefe de cozinha André Dias prepara pratos vegetarianos com o alimento.
O produto é considerado um antibiótico natural e uma fonte de nutrientes única para os vegetarianos.
“O vegetariano não come a carne vermelha e a vitamina B-12 a gente encontra na carne vermelha. Então, ele acaba que fica com a necessidade de suprir essa quantidade. E com o tempeh ele consegue, porque na fermentação da soja ela produz a vitamina B-12. Então, é muito importante para o vegetariano o tempeh”, diz a nutricionista Renata Manganelli.
O restaurante de Brasília trabalha com o tempeh há um ano. A procura triplicou neste período. A fermentação da soja com o fungo especial deixa o alimento repleto de minerais e vitaminas que fazem bem à saúde. O apelo dos produtos naturais torna o
tempeh lucrativo.
“Acima de tudo é um alimento saudável. Acho que é a palavra do milênio. A gente tem de pensar em saúde. Sabor e saúde”, diz a cliente Zen Yamatucan.

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