MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sábado, 17 de novembro de 2012

'Era só sorriso', diz pai de criança de 4 anos jogada de ponte em Cuiabá


Manifestação pela paz foi realizada neste sábado (17) em Cuiabá.
Família do menino Ryan, morto há uma semana, participou de ato.

Do G1 MT
Protesto contra a violência em Cuiabá (Foto: Reprodução/TVCA)Protesto contra a violência terminou na ponte em que garoto
foi jogado no rio Cuiabá (Foto: Reprodução/TVCA)
Familiares de vítimas de violência em Cuiabá foram às ruas neste sábado (17) para pedir paz e justiça.  A passeata percorreu diferentes pontos da capital, finalizando na ponte Júlio Müller, mesmo local onde o menino Ryan, de quatro anos, foi jogado e morreu afogado no último domingo. O principal suspeito foi preso e indiciado pela Polícia Civil por duplo homicídio qualificado.
O mesmo homem é apontado pela polícia como responsável ainda pela morte da ex-sogra, de 44 anos. De acordo com o advogado da família, Claudino Aleixo, Tássia Alves, de 24 anos, e o suspeito se conheceram em fevereiro deste ano. Há quatro meses moravam juntos. Uma semana antes do crime, ela voltou com o filho para a casa da mãe. Conforme o defensor, Carlos já havia ameaçado a família outras vezes.
Grávida de dois meses, Tássia preferiu não falar com a imprensa neste sábado, mas já teria registrado pelo menos dois boletins de ocorrência contra o ex-companheiro.
O pai do menino Ryan, Lauro Camargo, disse o momento é de pedir justiça. "Ryan era só sorrisos, mas não adianta ficar só em casa chorando", disse, durante a manifestação. Pétalas de rosa foram jogadas no Rio Cuiabá e balões brancos soltos em sinal de protesto contra o crime.
Outros familiares que também perderam parentes pela violência participaram do manifesto. Odilza Sampaio, cujos dois filhos foram assassinados na chamada "Chacina do Tijucal", e o pai do menino Kaito, violentado antes de morrer, fizeram um apelo. Ambos participam da Associação dos Familiares Vítimas de Violência.
"Temos que lutar contra a impunidade, especialmente em crimes cometidos contra as crianças", falou Jorgeomar Luis Pinto.
Homenagem
Na última terça-feira (13), uma outra manifestação pediu o fim da violência na capital. Lauro Pereira Camargo, pai do menino Ryan, fantasiou-se de super-homem, segurando uma bola e ainda levando um buquê de flores, o pai da criança clamou por Justiça.
Segundo Lauro, a roupa do super-herói foi escolhida pelo fato do filho gostar do desenho. As flores, conforme ele, foram dedicadas à avó do menino que tentou protegê-lo.
Protesto contra a morte do garoto Rhyan em Cuiabá (Foto: Tita Mara Teixeira/G1)Protesto contra a morte do garoto Ryan em Cuiabá (Foto: Tita Mara Teixeira/G1)
O crime contra Ryan
No domingo, o suspeito pelo assassinato foi até a casa da ex-sogra Admárcia Mônica da Silva, de 44 anos, à procura de Tássia Alves, de 24 anos, com quem manteve um relacionamento por alguns meses. Mas, no momento, a garota não estava na casa. Na ocasião, o suspeito e a ex-sogra teriam discutido quando ocorreu o assassinato. Admárcia foi esfaqueada e teve o corpo parcialmente carbonizado.
O neto da vítima, de 4 anos, também estava na residência e foi levado pelo suspeito até a ponte Júlio Müller, onde foi jogado por ele no rio. O corpo do menino foi encontrado minutos depois por um pescador próximo ao local. O crime ocorreu por volta das 6h.

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