Manifestação pela paz foi realizada neste sábado (17) em Cuiabá.
Família do menino Ryan, morto há uma semana, participou de ato.
Protesto contra a violência terminou na ponte em que garoto
foi jogado no rio Cuiabá (Foto: Reprodução/TVCA)
Familiares de vítimas de violência em Cuiabá foram às ruas neste sábado
(17) para pedir paz e justiça. A passeata percorreu diferentes pontos
da capital, finalizando na ponte Júlio Müller, mesmo local onde o menino
Ryan, de quatro anos, foi jogado e morreu afogado no último domingo. O
principal suspeito foi preso e indiciado pela Polícia Civil por duplo
homicídio qualificado.foi jogado no rio Cuiabá (Foto: Reprodução/TVCA)
O mesmo homem é apontado pela polícia como responsável ainda pela morte da ex-sogra, de 44 anos. De acordo com o advogado da família, Claudino Aleixo, Tássia Alves, de 24 anos, e o suspeito se conheceram em fevereiro deste ano. Há quatro meses moravam juntos. Uma semana antes do crime, ela voltou com o filho para a casa da mãe. Conforme o defensor, Carlos já havia ameaçado a família outras vezes.
Grávida de dois meses, Tássia preferiu não falar com a imprensa neste sábado, mas já teria registrado pelo menos dois boletins de ocorrência contra o ex-companheiro.
Outros familiares que também perderam parentes pela violência participaram do manifesto. Odilza Sampaio, cujos dois filhos foram assassinados na chamada "Chacina do Tijucal", e o pai do menino Kaito, violentado antes de morrer, fizeram um apelo. Ambos participam da Associação dos Familiares Vítimas de Violência.
Homenagem
Na última terça-feira (13), uma outra manifestação pediu o fim da violência na capital. Lauro Pereira Camargo, pai do menino Ryan, fantasiou-se de super-homem, segurando uma bola e ainda levando um buquê de flores, o pai da criança clamou por Justiça.
Segundo Lauro, a roupa do super-herói foi escolhida pelo fato do filho gostar do desenho. As flores, conforme ele, foram dedicadas à avó do menino que tentou protegê-lo.
Protesto contra a morte do garoto Ryan em Cuiabá (Foto: Tita Mara Teixeira/G1)
O crime contra RyanNo domingo, o suspeito pelo assassinato foi até a casa da ex-sogra Admárcia Mônica da Silva, de 44 anos, à procura de Tássia Alves, de 24 anos, com quem manteve um relacionamento por alguns meses. Mas, no momento, a garota não estava na casa. Na ocasião, o suspeito e a ex-sogra teriam discutido quando ocorreu o assassinato. Admárcia foi esfaqueada e teve o corpo parcialmente carbonizado.
O neto da vítima, de 4 anos, também estava na residência e foi levado pelo suspeito até a ponte Júlio Müller, onde foi jogado por ele no rio. O corpo do menino foi encontrado minutos depois por um pescador próximo ao local. O crime ocorreu por volta das 6h.
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