MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Falta de milho causa prejuízos a criadores de gado da Paraíba


Falta de alimento provoca morte de animais.
Espera pela entrega do grão chega há quatro meses.

Do Globo Rural
A falta de milho na Paraíba afeta pequenos e grandes criadores do estado. A espera pela entrega do grão chega há quatro meses.
No município de Taperoá, no sertão da Paraíba, predomina a criação de gado, caprinos e ovinos. A tradicional fazenda Carnaúba está sob os cuidados da nona geração. O criador Manelito Dantas considerada a fazenda modelo por conta das medidas que adota em relação ao clima da região. Mas a propriedade não conseguiu se livrar dos efeitos da estiagem. O capim não brotou e a silagem acabou há dois meses.
O criador Daniel Dantas, filho de Manelito Dantas que administra a propriedade, ainda não conseguiu comprar o milho da CONAB, que é vendido por um preço menor. “Estou há três meses na fila e o pessoal fica protelando. Mandaram eu ligar no mês de dezembro. Vai completar quatro meses que estou na fila”, diz.
Sem o milho do governo e sem reserva de alimento para o gado, a fazenda tem que adquirir o bagaço de cana das usinas do litoral do estado. O bagaço chega à propriedade seco e cru. Para que o animal consiga digerir melhor o alimento, o bagaço deve ser tratado com água e cal. O maior problema está em encontrar a matéria prima e no valor do frete pago.
O pequeno criador Luiz Paiva reclama da falta de milho da CONAB. Ele diz que já perdeu 20 das 30 cabeças de gado que tinha na propriedade. Todo mês, vende uma parte dos caprinos para alimentar os que ficam.
O governo da Paraíba está financiado a venda de ração para ajudar na alimentação dos rebanhos durante a seca. A torta de algodão, o farelo de soja e a silagem de milho e sorgo são comercializados pela metade do preço pela Empresa Estadual de Abastecimento e Serviços Agrícolas (Empasa). Quatro mil produtores já foram beneficiados.
Na quinta-feira (29), a CONAB realizou novos leilões para a compra de milho. O grão deve atender, principalmente, o estado da Bahia.

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