Aves de um dos criadores estão sem comer há dias por falta de ração.
Empresa responsável pelos aviários admite dificuldades na produção.
Os criadores da cidade recebem das agroindústrias os marrecos com um dia de vida. Pelo acordo eles ficam com as despesas de manutenção, mas deveriam receber a ração especial para criar as aves e devolvê-las para a agroindústria que as forneceu. Porém, não é isto que vem acontecendo. Nos dois aviários mantidos por ele, os marrecos estão com menos peso do que deveriam.
Produtores de marreco estão preocupados
(Foto: Vanessa Moltini)
"São dois problemas, a falta de ração, para alimentar os patos, que já
estão se bicando, de fome, e a falta de pagamento. Os patos já estão há
mais de 100 horas sem comer, estão desnutridos. E estou há seis meses
sem receber", explica o avicultor João Marcos Darli.(Foto: Vanessa Moltini)
Um lote de 8 mil marrecos consome, em média, entre 700 e 1000 quilos de ração por dia.
Para investir na criação das aves, muitos avicultores fizeram financiamentos com bancos. Olívio Francês é um deles. Fechou um dos três aviários por falta de produção, e tem dívidas por causa dos investimentos que fez. "Eu teria oito anos para pagar 15 parcelas. Paguei duas parcelas, e estou com parcelas em atraso, sem condições de pagar", explica.
A empresa responsável pelos aviários reconhece dificuldades no fornecimento e informa que fez uma redução programada de cerca de 35% em seu plantel de animais. Além disso, ressalta que trabalha ativamente para que não haja nenhum tipo de dano à saúde dos animais, com a busca de alternativas para solucionar a entrega aos fornecedores integrados.
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