MEDIÇÃO DE TERRA

MEDIÇÃO DE TERRA
MEDIÇÃO DE TERRAS

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Hospital tem vagas de sobra para funcionários especiais


Cristina Santos Pita | Santo Antônio de Jesus  A TARDE

  • | Ag. A TARDE
    Para atrair mais candidatos, direção oferece moradia a interessados de outras cidades
No Hospital Regional de Santo Antônio de Jesus (a 185 km de Salvador), existe a  disposição de cumprir a função social de oferecer trabalho a portadores de necessidades especiais. Contudo, esta disposição esbarra na dificuldade de encontrar mão de obra com estas características. Para atrair mais candidatos, a direção do hospital resolveu até oferecer moradia a interessados de outras cidades da região.
"Decidimos oferecer condições para atrair pessoas para ocupar vagas administrativas e na área de saúde, além da facilidade de acesso e desenvolvimento das atividades no setor", salientou Alex Carvalho, diretor-geral da instituição. A contratação é realizada mediante a avaliação de profissional da área médica e de um engenheiro de segurança, para testar a aptidão, o que favorece o sucesso da contratação.
Setores disponíveis - "Temos 12 pessoas com necessidades especiais trabalhando em vários setores e nunca tivemos problema", relata Benedito Novaes, coordenador de pessoal. Alex Carvalho lembrou haver vários setores com   vagas. "Faturamento, pessoal, arquivo médico, setor administrativo e de saúde", informou. Quando há necessidade de um equipamento especial, o próprio hospital fornece ao empregado. "Temos dois funcionários no setor de higienização que precisavam usar calçados especiais e mandamos confeccionar para eles trabalharem", ressaltou.
Pessoas que se tornaram portadoras de necessidades especiais por um acidente consideram a sua inserção no mercado de trabalho uma vitória significante. É o caso do técnico de enfermagem Gilberto dos Santos Júnior, de 32 anos, que está na empresa desde 2009. Um ano depois de um acidente motociclístico que o deixou paralítico, foi reintegrado ao trabalho no setor de auditoria na última quinta-feira. "Dá uma sensação de capacidade para fazer coisas, psicologicamente  faz um bem incrível. Voltar ao trabalho é um incentivo para continuar a vida, e eu precisava disso", comemorou. Júnior ainda faz faculdade,  cursando o sexto semestre de
enfermagem.
Na função de auxiliar de estatística, Carlos Vinícius Moutinho, 34 anos, que tem problemas de audição, está empregado no Hospital Regional há cinco meses. "Mudou muita coisa na minha vida. Aqui reconhecem a minha capacidade e o que sei fazer". Vânia Bastos, coordenadora do setor, diz que é fácil lidar com pessoas especiais. "Não temos dificuldades porque eles estão inseridos em atividades que se adequam, com menor número de obstáculos e dificuldades", ressaltou.
Pelos corredores do hospital ou mesmo quando está em serviço, a técnica de enfermagem Débora Andrade, 29, dificilmente demonstra ser portadora de uma deficiência física: na infância, ela perdeu a visão do olho esquerdo. Auxiliar administrativa, Débora também disse que o trabalho mudou a vida dela. "Me sinto bem em poder trabalhar, poder comprar o que quero, ganhar  meu dinheiro".

Nenhum comentário:

Postar um comentário