Ministro defende, por exemplo, que deputados federais condenados pelos crimes do mensalão percam automaticamente o mandato
FELIPE RECONDO , RICARDO BRITO / BRASÍLIA - O Estado de S.Paulo
A perda de mandato dos deputados condenados por
envolvimento no mensalão, que começam a receber suas penas nesta semana,
deve deflagrar a primeira crise entre o Congresso e o Supremo Tribunal
Federal na gestão do ministro Joaquim Barbosa, que assume a presidência
nesta quinta-feira.
Dida Sampaio/Estadão
O ministro Joaquim Barbosa
Barbosa pretende ainda acabar com o sigilo prévio de investigações e inquéritos que chegam ao STF - hoje a regra determina que os inquéritos tragam apenas as iniciais dos investigados.
Apesar das críticas ao sistema, Barbosa promete uma gestão sem grandes inovações: "Não haverá turbulências nem grandes inovações. Vocês já devem ter percebido, eu gosto de agir by the books (conforme as regras). Nada além disso".Prestes a assumir o comando do Supremo e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ele diz temer uma reação do Congresso ao mensalão: a edição de uma PEC para dar fim ao foro para parlamentares - pois este passou a "assustar" depois da rapidez das condenações. Antes crítico do privilégio, o novo presidente não quer ser alvo de manobras parlamentares que retardariam a condenação de réus.
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