Produtores de leite de SP e de MG estão preocupados.
Muita gente ainda tem dinheiro para receber.
A indústria de alimentos Nilza, uma das mais tracionais do país, com fábricas em Ribeirão Preto, no estado paulista, e Itamonte e Campo Belo, em Minas Gerais, acumula dívida de R$ 450 milhões. Há três anos vem tentando se recuperar, mas o Tribunal de Justiça de São Paulo decretou a falência e as consequências ainda estão sendo sentidas no campo.
A empresa tem dívida trabalhista com cerca de 600 ex-funcionários. Aproximadamente 200 produtores ainda têm créditos a receber. Faz três anos que o dono de um sítio em Buritizal aguarda o pagamento de R$ 21 mil.
Luís de Menezes conta que o valor é referente ao pagamento de três meses de fornecimento de leite para a empresa. O produtor transferiu o fornecimento para outro laticínio, mas até hoje não conseguiu se recuperar do calote da empresa.
Após a decretação da falência, a Justiça vai fazer um levantamento do patrimônio da fábrica. Os bens devem ser vendidos e o dinheiro usado para pagar os credores. Segundo o advogado da cooperativa dos produtores de leite da região, as pessoas que prestaram serviço durante o processo de recuperação judicial recebem primeiro, depois é a vez de ex-funcionários e fornecedores.
O dono da empresa Nilza, que era responsável pela recuperação judicial, Sérgio Alembert, diz que vai entrar com recurso especial no Superior Tribunal de Justiça para tentar anular a decretação de falência. Se conseguir reverter a decisão, ele vai preparar um plano de pagamento para os fornecedores de leite.
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