Laboratório do ES faz teste e encontra bactérias em celulares

Coliformes fecais foram encontrados em telefones móveis.
Usuários assumem que não costumam limpar os celulares.

Tatiane Braga Do G1 ES

Um laboratório do Espírito Santo realizou testes em celulares e constatou a presença de diversas bactérias nos aparelhos, na última semana, em Vitória. Moradores que emprestaram os celulares para o teste se mostraram surpresos e preocupados. Em alguns aparelhos, foi detectada a presença de coliformes fecais. As bactérias encontradas nos telefones podem causar uma série de doenças.
A estudante Rafaela Merlo admitiu que não costuma limpar muito o objeto. “Com certeza deve ter bactéria, a gente pega muitas coisas e vai pegando no celular o tempo todo”, disse.
O auxiliar de laboratório Jeandro Batista explicou quais os locais que costumam apresentar mais sujeira. Ele recolheu aparelhos e coletou amostras da sujeira presente em cada um deles para analisar.“É preciso sugar as impurezas, as curvinhas nas laterais do teclado. São locais que as pessoas não percebem que têm poeira e sujeira”, explicou.

O teste, que durou três dias, revelou uma série de bactérias em celulares. “Nós encontramos vários tipos de bactérias, que algumas são coliformes fecais, que saem através das fezes. Outras saem através da pele e no ato de falar. Encontramos alguns coliformes fecais que podem ocasionar diarreia, pode levar a problema mais sério como desidratação e vômito”, disse o farmacêutico Deomar Bittencourt.
A auxiliar administrativo Kátia Farias ficou surpresa com a quantidade de bactérias encontrada no seu celular. “Imundo, é isso mesmo, imundo. Eu não imaginava nunca que isso pudesse ser detectado num simples celular. Vou tomar mais cuidado, lavar as mãos, limpar meu celular”, afirmou.
Limpeza
Segundo o farmacêutico, a limpeza dos aparelhos é simples. Com uma folha de papel toalha e um pouco de álcool gel é possível deixar o celular limpo. Mas, antes do processo é preciso retirar a bateria do telefone.
Apesar da limpeza, um outro risco de contaminação é o uso compartilhado do telefone móvel. “Quando você tem um celular seu, você tem as bactérias normais que você está usando. Quando você empresta para alguém, há outras bactérias e o risco maior de ser contaminado”, observou Deomar Bittencourt.