MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

MANOBRA JURIDICA?

‘Não abandonei o homem, abandonei o plenário’, diz Quaresma

Declaração foi dada quando defesa de Bola deixava fórum.
Advogados comemoraram possível desmembramento do julgamento.

Glauco Araújo e Pedro Cunha Do G1, em Contagem (MG)

19.nov.2012 - O advogado de Marcos Aparecido dos Santos (Bola), Ércio Quaresma, chegou ao Fórum de Contagem e disse que "minha hora de falar é no plenário" (Foto: Glauco Araújo/G1)O advogado de Marcos Aparecido dos Santos na
chegada ao Fórum de Contagem para julgamento
nesta segunda (19) (Foto: Glauco Araújo/G1)
Os advogados que representam o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, - Ércio Quaresma e Zanone de Oliveira Júnior - saíram do Fórum de Contagem felizes e comemorando o possível desmembramento do julgamento do cliente. A equipe também afirmou que não vai abandonar a defesa de Bola.
“Eu sou advogado do Marcos e sempre continuarei sendo, e não é essa juíza que vai me tirar isso. Não abandonei o homem, abandonei o plenário”, disse Ércio Quaresma.

Os advogados ainda comentaram sobre uma aposta que teriam feito. “Ganhei um avião, apostei o avião do Zanone que eu ia conseguir”, disse Quaresma. Zanone em tom de brincadeira negou a aposta.
O Tribunal de Justiça de Minas Gerais disse, por volta das 16h30, que a juíza ainda não havia decidido sobre o desmembramento.
Macarrão passa mal
Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, foi retirado do plenário logo após a sessão ser reiniciada, na tarde desta segunda-feira (19), a pedido do seu defensor. Ele disse à juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues que o réu estava passando mal e perguntou se o acusado poderia sair por alguns minutos. A juíza aceitou o pedido e Macarrão foi retirado da sala.
Marixa retomou o júri popular do caso Eliza anunciando que o réu Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, não aceitou ser representado por um defensor público. Com isso, ele terá dez dias para nomear um novo advogado.
Leonardo Diniz, advogado de Macarrão, voltou atrás da decisão de abandonar o júri e disse que, após conversar com o cliente, vai seguir no caso. "Conversando com meu cliente, nós vimos que não seria bom adiar", afirmou o advogado. "Primeiro realmente nós resolvemos sair, mas depois, vimos que o direito de decidir é dele, ele merece uma defesa".
Antes do intervalo da primeira sessão, os advogados de Bola e Macarrão abandonaram o júri do caso Eliza Samudio. Eles questionaram o limite de 20 minutos dado pela juíza para cada defesa apresentar seus argumentos preliminares. "A defesa não vai continuar nos trabalhos, nós não vamos nos subjugar à aberração jurídica de impor limites onde não há", disse Ércio Quaresma, que defende o ex-policial Bola. A juíza que preside o júri disse que a defesa pode "fazer o que quiser". "Se a defesa declarar essa postura, eu declararei os réus indefesos", afirmou.
O advogado do goleiro Bruno, Rui Pimenta, disse que não vai abandonar seu cliente. "Bruno está esperançoso. O Bruno está cansado de cadeia, doido pra sair e comer uma picanha mal passada. Pra isso, ele precisa de um alvará de soltura. Por isso vamos continuar no júri", disse Pimenta à imprensa, na porta Fórum, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
Segundo o defensor, não é razoável que os defensores dos outros réus reclamem dos 20 minutos dados pela juíza para a apresentação dos argumentos preliminares. Ele disse que o desmembramento do júri pode favorecer o goleirio. "Este desmembramento favorece, de certa forma (ao Bruno), porque diminui o tempo de julgamento. Acho que, assim, não dura mais que quatro dias".
O julgamento
O júri popular do caso Eliza, realizado no Fórum Doutor Pedro Aleixo, em Contagem (MG), tem previsão de durar ao menos duas semanas. Sete jurados vão decidir o destino dos réus pelo cárcere privado e morte da ex-namorada do goleiro Bruno Fernandes de Souza, que atuava pelo Flamengo, acusado de ser o mandante do assassinato. Para a Promotoria, o atleta arquitetou o crime para não ter de reconhecer o filho que teve com Eliza nem pagar pensão alimentícia.
Além de Bruno, estão no banco dos réus Macarrão, amigo do goleiro; Dayanne Rodrigues, ex-mulher de Bruno; e Fernanda Gomes de Castro, ex-namorada do goleiro.

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