MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

O BRASIL TERÁ COPA MAS NÃO TEM SAÚDE

Menino de 11 anos morre à espera de um leito em hospital de Belém

Criança estava internada há 10 dias no PSM Mário Pinotti.
Sesma diz que liberação de leitos depende de rotatividade em hospitais.

Do G1 PA

Um menino de 11 anos morreu na madrugada desta segunda-feira (5), no Hospital Pronto Socorro Municipal Mário Pinotti, localizado na travessa 14 de Março, em Belém. Ele estava internado há 10 dias com quadro de pneumonia e aguardava um leito na Fundação Santa Casa de Misericórdia, hospital que é referência para tratamento neste tipo de caso.
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (Sesma), o paciente, identificado como Paulo de Jesus Batista dos Santos, 11 anos, deu entrada no HPSM Mário Pinotti no dia 27 de outubro. Ele apresentava um quadro de pneumonia, com convulsão, febre, tosse e falta de ar.
Ainda segundo informações da Sesma, o paciente permaneceu internado no pronto-socorro, recebendo acompanhamento médico. De acordo com a secretaria, ele foi cadastrado na central de leitos ainda no dia 27 e aguardava um lugar na Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará. Porém, na madrugada desta segunda (5), o quadro de Paulo se agravou e o paciente veio a óbito.
A secretaria informa que a Central de Leitos que regula a liberação de leitos pelo SUS cumpre normas estabelecidas pelo Ministério da Saúde, priorizando as transferências pela avaliação médica de gravidade do caso, tempo de espera na fila e idade do paciente. Segundo a Sesma, conforme determina o SUS, a Central de Leitos da capital apenas concentra a organização da fila.
Segundo a secretaria, a liberação de leitos em hospitais conveniados ao Sistema Único de Saúde (SUS) depende da rotatividade da liberação de leito em cada hospital, não dependendo do município a liberação desses leitos aos pacientes, já que a responsabilidade da liberação dos leitos é de inteira responsabilidade do hospital referenciado que receberá o paciente, neste caso, a Santa Casa.
Ainda de acordo com a Sesma, o cadastro para liberação de leitos é feito por qualquer serviço de saúde, seja ele hospital ou unidade hospitalar e a partir daí, a Central de Leitos do município regula o processo. Ainda de acordo com secretaria municipal, o Departamento de Regulação (Dere) da Sesma não é detentor dos leitos que podem receber pacientes em hospitais referência. O Dere/Sesma apenas organiza a fila de espera, de acordo com os critérios de prioridade estabelecidos pelo Sistema Único de Saúde e pelo Ministério da Saúde.
A Fundação Santa Casa informou ao G1 que o setor de internação do Hospital não recebeu  o pedido de encaminhamento do paciente. De acordo com a instituição, nenhum fax ou comunicado foi emitido pela Central de Leitos para internação do menor. Portanto, o Setor de Internação desconhece a situação.
A Sesma ressalta que o Departamento de Regulação (Dere) não avisa aos hospitais toda vez que há um cadastro de paciente na fila de espera. Segundo a secretaria, os hospitais conveniados ao SUS é que entram em contato com a Central de Leitos quando há um leito vago e, a partir daí, a Central regula os pacientes que estão na fila de espera para o hospital referência ao seu tratamento.
Leitos na capital paraenseAtualmente, segundo a Sesma, são 2700 leitos de regulação em Belém, o que inclui os leitos em hospitais estaduais e conveniados ao SUS, para atender aos pacientes da capital. A secretaria afirma que, como não há descentralização deste serviço passando pelos outros municípios do Estado, a capital tem de atender todos estes pacientes, o que muitas vezes provoca a espera por leitos vagos em Belém.

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