MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 4 de novembro de 2012

Pais aguardam ansiosos pela saída dos filhos no último dia de Enem


Pais e mães marcam presença nos locais de prova em Belém.
Vale tudo para fazer a hora passar mais rápido: rezar, conversar e torcer junto.

Luana Laboissiere Do G1 PA

O casal Agenilda Chagas, 46 anos, e Nivaldo Gaspar, 46 anos, aguardava ansioso do lado de fora dos portões do Instituto Federal do Pará (IFPA), em Belém, local onde o filho está fazendo as provas do exame.

Samuel Gaspar, filho do casal, vai tentar alcançar uma pontuação que garanta sua vaga no curso de Engenharia da Computação. É a primeira vez que o jovem, de 17 anos, faz o exame e conta com o apoio dos pais no dia a dia, e como não poderia ser diferente, no dia da prova. “Ele é um ótimo filho, muito devotado ao que faz, estudioso, então, qualquer coisa que a gente faça por ele, vale muito a pena, afinal, as grandes vitórias vêm de grandes sacrifícios”, acreditam.

O trio chegou junto ao local de prova às 11h30 e Agenilda e Nivaldo disseram que são irão sair de só vão sair de lá quando o filho terminar a prova. Eles contam que o rapaz é muito focado no que faz, já que além de cursar o terceiro ano do ensino médio na escola pública Paes de Carvalho, também está matriculado em um cursinho pré-vestibular para reforçar a preparação, e à noite ainda arruma energia para estudar em casa.

Com parte da preparação, os pais contam que desde o primeiro dia de prova fizeram um esquema especial: levantaram mais cedo que o habitual, preparam um café da manhã reforçado, com a supervisão da filha mais velha, nutricionista, e almoçaram mais cedo, fazendo uma alimentação leve. O ‘kit sobrevivência’ levado para a sala de aula, contam os pais, inclui água, bolacha e frutas.
A união que faz a forçaDo lado de fora de um dos locais de prova, um grupo de mães se reunia para esperar a saída dos filhos, candidatos ao Enem. Maria Nascimento, de 48 anos, é mãe da estudante Stephani Nascimento, 17 anos, que encara o desafio do Enem pela primeira vez, e divide com a filha o nervosismo comum aos ‘marinheiros de primeira viagem’. “A minha filha tomou um bom café da manhã, mas não almoçou para não correr o risco de dar uma dor de barriga de tão agoniada que está”. Além de uma barra de cereal e uma garrafa de água, cinco canetas pretas estão no estojo montado pela mãe. “Não dá para correr risco no dia de hoje, né? Deixar de fazer prova por causa de falta de caneta ou desmaiar de fome”, conta.

O cuidado com bem-estar do filho também é compartilhado pela professora Erenilda Nascimento, 42 anos, e mãe de Renato de Almeida, 18 anos, que também estreia este ano no Enem. Ela revela que o zelo pelo garoto vai muito além de acompanhar os estudos, a alimentação e o equilíbrio psicológico do filho. “Meu garoto deixou de fazer o exame ano passado porque estava internado em um hospital próximo por conta de uma séria reação alérgica. Ele tem alergia a muitos medicamentos e a maioria das pessoas não sabe e acaba administrando remédios que provocam efeitos terríveis. Por isso, é uma segurança a mais, pra nós dois, eu estar aqui fora”, comenta.

Enquanto as horas passam até soar o alarme que marca o fim do exame, pais e mães riem, rezam, fazem palavras-cruzadas, conversam, dividem suas histórias e encontram, cada um, a sua maneira de fazer o tempo passar mais rápido. "Aqui não tem concorrente. Todos torcemos para que todos os candidatos sejam vitoriosos e que cada pai e mãe tenha a alegria de ver seu filho aprovado. A união faz a força", finaliza a filósofa Erenilda.

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