MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

País envelhece, mas população ativa aumenta em dez anos, diz IBGE


Índice de envelhecimento no Brasil cresceu de 31,7 para 51,8 em 2011.
Aumento da população ativa é 'boa oportunidade para o país', diz estudo.

Rosanne D'Agostino Do G1, em São Paulo

O envelhecimento da população brasileira, constatado nos últimos anos, é acompanhado do aumento da população potencialmente ativa, apta a trabalhar, segundo dados da Síntese de Indicadores Sociais 2012, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (28). De 2001 a 2011, o número de idosos com 60 anos ou mais passou de 15,5 milhões para 23,5 milhões de pessoas. A participação relativa deste grupo aumentou de 9% para 12,1%. A de idosos com 80 anos chegava a 1,7% da população, em 2011.
Razão de dependência*
Total Jovens Idosos Índice de envelhe-cimento
Brasil
54,6
36
18,6
51,8
Norte
60,3
47,6
12,7
26,6
Nordeste
59,7
41,4
18,3
44,2
Sudeste
52,1
31,9
20,2
63,3
Sul
51,8
31,9
19,9
62,5
Centro-Oeste
50,2
35,1
15,1
43
**Razão de dependência é a relação entre a população inativa e a parte potencialmente ativa da população, aquela apta a trabalhar. Quanto maior o número, menos pessoas estão aptar a trabalhar e mais dependem delas
**Fonte: IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2011
O índice de envelhecimento no Brasil – relação entre o número de idosos com 60 anos ou mais e de crianças com até 15 anos – cresceu de 31,7, em 2001, para 51,8, em 2011, aproximando-se do indicador mundial, de 48,2, diz o estudo. Na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, o indicador foi de 80,2.
Essas duas faixas etárias são consideradas “economicamente dependentes”, ou seja, dependem da ocupação da faixa de população entre os 15 a 59 anos de idade, chamada potencialmente ativa.
O IBGE diz que, apesar de um crescimento no número de idosos, a relação entre o número de dependentes para cada 100 pessoas potencialmente ativas diminuiu de 60,3 para 54,6 nesse período. Um dos motivos foi o aumento do grupo com 45 anos ou mais de idade, que era de 22,4%, em 2001, e atingiu 29,1%, em 2011.
“Esse aumento relativo da população em idade potencialmente ativa pode ser uma boa oportunidade econômica para o país, desde que essas pessoas estejam inseridas no mercado de trabalho, especialmente em postos qualificados”, diz o estudo.
Conforme dados agregados de 2012 do instituto, no entanto, apenas uma média de 20% faixa da população acima dos 50 anos está atualmente ocupada nas principais regiões metropolitanas brasileiras, enquanto esse percentual ultrapassa os 65% no grupo de 25 a 49 anos.
Idosos
A maior parte da população idosa é composta por mulheres (55,7%), está em áreas urbanas (84,1%) e a maioria é branca (55%). No domicílio, 63,7% é chefe de família, 32% tem 3,9 anos de estudo em média e a grande maioria (76,8%) recebe algum benefício da Previdência Social.
Já 48,1% têm rendimento de todas as fontes igual ou superior a um salário mínimo, enquanto cerca de um em cada quatro idosos residia em domicílios com rendimento mensal per capita (por pessoa) inferior a um salário mínimo.
Perto de 3,4 milhões de idosos de 60 anos ou mais (14,4%) viviam sozinhos, 30,7% viviam com os filhos (todos com mais de 25 anos de idade) e 85,6% dos idosos viviam com outra pessoa com algum grau de parentesco.
Os idosos tinham uma situação relativamente melhor do que o grupo de crianças, adolescentes e jovens na renda. Enquanto 53,6% das pessoas de menos de 25 anos estavam nos dois primeiros quintos da distribuição de renda, apenas 17,9% idosos de 60 anos ou mais de idade encontravam-se nesta situação.

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