MEDIÇÃO DE TERRA

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terça-feira, 20 de novembro de 2012

Perfil de criança para adoção em MT ocasiona demora em processo


Em Cuiabá há 66 pretendentes para cada 15 crianças aptas para adoção.
Juizado diz que pais esperam meses ou até anos para conseguir a guarda.

Do G1 MT

 Com o objetivo de garantir a segurança da criança durante o processo de adoção, os pais esperam meses ou até anos para conseguir o direito à guarda das crianças. Mas as exigências quanto ao perfil e a idade da criança podem ser um dos principais fatores da demora no processo.

A professora Rosilda Fonseca, por exemplo, que mesmo tendo todos os requisitos exigidos pela Vara da Infância e Juventude de Cuiabá teve de esperar cerca de quatro anos para ter direito à guarda de duas crianças que estavam abrigadas no Lar da Criança. Parte do tempo de espera, a professora teve de passar por um período de capacitação por meio da Associação de Amparo à Adoção (Amparo). Apesar da demora, ela considerou fundamental esse período para que a família se preparasse para recebê-las.

“Já tenho um filho de 18 anos que está bem feliz com os irmãos também. Foi uma benção na nossa vida, que mudou toda a rotina da casa. Tive que começar do zero, com mamadeira, fralda'', revelou a professora. Segundo o Juizado de Infância e Juventude, atualmente em Cuiabá há 66 pretendentes para cada 15 crianças aptas a serem adotadas, no entanto, a dificuldade é grande principalmente pela exigência de quem quer adotar.

''Para se ter uma idéia, recentemente tinha um bebê disponível para adoção e o 26º da lista é que se interessou por ele. Por que às vezes, as pessoas querem menino ou menina, ou uma série de exigências'', relatou a juíza.

O lar da criança abriga atualmente cerca de 170 crianças de 0 a 12 anos e o ideal, segundo o juizado, era atender apenas 60. Para aliviar, 27 crianças passaram na última semana por uma equipe técnica e por audiências concentradas, entrevistas com o juizado para a reintegração com os pais ou parentes. Outras 17 continuam no lar, mas as tentativas de reintegração com os parentes seguem até as chances se esgotarem. Quando isso acontece, o Ministério Público entra com o processo de destituição do poder familiar, que pode durar até dois anos e, somente depois, elas estão disponíveis para a adoção.

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