Em Cuiabá há 66 pretendentes para cada 15 crianças aptas para adoção.
Juizado diz que pais esperam meses ou até anos para conseguir a guarda.
A professora Rosilda Fonseca, por exemplo, que mesmo tendo todos os requisitos exigidos pela Vara da Infância e Juventude de Cuiabá teve de esperar cerca de quatro anos para ter direito à guarda de duas crianças que estavam abrigadas no Lar da Criança. Parte do tempo de espera, a professora teve de passar por um período de capacitação por meio da Associação de Amparo à Adoção (Amparo). Apesar da demora, ela considerou fundamental esse período para que a família se preparasse para recebê-las.
''Para se ter uma idéia, recentemente tinha um bebê disponível para adoção e o 26º da lista é que se interessou por ele. Por que às vezes, as pessoas querem menino ou menina, ou uma série de exigências'', relatou a juíza.
O lar da criança abriga atualmente cerca de 170 crianças de 0 a 12 anos e o ideal, segundo o juizado, era atender apenas 60. Para aliviar, 27 crianças passaram na última semana por uma equipe técnica e por audiências concentradas, entrevistas com o juizado para a reintegração com os pais ou parentes. Outras 17 continuam no lar, mas as tentativas de reintegração com os parentes seguem até as chances se esgotarem. Quando isso acontece, o Ministério Público entra com o processo de destituição do poder familiar, que pode durar até dois anos e, somente depois, elas estão disponíveis para a adoção.
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