Tragédia causada pela chuva aconteceu há quase dois anos.
Produtores ainda enfrentam muitas dificuldades.
O caminho é o único para os agricultores da região. Um lugar improvisado. A antiga ponte que dava acesso às casas foi arrastada pela enchente, em janeiro de 2011. Para atravessar o rio e levar a produção de leite, só com uma balsa, que foi construída pelos próprios moradores. Em dias de chuva é o único jeito de escoar a produção e chegar às casas.
O perigo chama atenção. Em um ponto, o rio tem cinco metros de profundidade.
Há quase dois anos, esta é a rotina dos produtores da região. Tudo o que chega é levado nos ombros.
Por causa da dificuldade de acesso, pelo menos 30 famílias foram embora. Abandonaram a comunidade. A impressão que se tem é que o lugar ficou vazio. A igrejinha fechou as portas e a escola, única na região, não funciona há quase dois anos.
A consequência é possível ser vista nas grandes fazendas. O agricultor Moacir Campos tinha mais de 300 vacas, chegava a vender, por dia, 800 litros de leite, mas depois da enchente viu, pouco a pouco, todos os 12 funcionários abandonarem o serviço e a produção praticamente parou. "Hoje estamos assim, abandonados pelas autoridades", diz.
A prefeitura de Trajano de Moraes informou que a ponte pertence aos dois municípios e que já está com dinheiro em caixa para realização da obra, depende agora da prefeitura de São Sebastião do Alto disponibilizar a verba. Já a prefeitura de São Sebastião informou que a responsabilidade de construir a ponte é do governo do estado.
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