MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Produtores ainda sofrem efeitos da enchente na Região Serrana do RJ


Tragédia causada pela chuva aconteceu há quase dois anos.
Produtores ainda enfrentam muitas dificuldades.

Do Globo Rural

No limite entre os municípios de Trajano de Moraes e São Sebastião do Alto, na Região Serrana do Rio de Janeiro, seguir caminho só é possível pedindo licença, abrindo porteiras. É preciso atravessar mais de 15 sítios.
O caminho é o único para os agricultores da região. Um lugar improvisado. A antiga ponte que dava acesso às casas foi arrastada pela enchente, em janeiro de 2011. Para atravessar o rio e levar a produção de leite, só com uma balsa, que foi construída pelos próprios moradores. Em dias de chuva é o único jeito de escoar a produção e chegar às casas.
O perigo chama atenção. Em um ponto, o rio tem cinco metros de profundidade.
Há quase dois anos, esta é a rotina dos produtores da região. Tudo o que chega é levado nos ombros.
Por causa da dificuldade de acesso, pelo menos 30 famílias foram embora. Abandonaram a comunidade. A impressão que se tem é que o lugar ficou vazio. A igrejinha fechou as portas e a escola, única na região, não funciona há quase dois anos.
A consequência é possível ser vista nas grandes fazendas. O agricultor Moacir Campos tinha mais de 300 vacas, chegava a vender, por dia, 800 litros de leite, mas depois da enchente viu, pouco a pouco, todos os 12 funcionários abandonarem o serviço e a produção praticamente parou. "Hoje estamos assim, abandonados pelas autoridades", diz.
A prefeitura de Trajano de Moraes informou que a ponte pertence aos dois municípios e que já está com dinheiro em caixa para realização da obra, depende agora da prefeitura de São Sebastião do Alto disponibilizar a verba. Já a prefeitura de São Sebastião informou que a responsabilidade de construir a ponte é do governo do estado.

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