Profissionais da área da saúde usam jalecos fora do ambiente hospitalar

Médicos, enfermeiros e auxiliares foram flagrados no Centro de São Luís.
Lei diz que a peça não pode ser usada fora do ambiente de trabalho.

Do G1 MA com informações da TV Mirante

Profissinonais da área da saúde não podem usar jaleco fora do ambiente hospitalar, é o que diz a Lei. Mas, em São Luís, é comum ver esses profissionais expondo as pessoas nas ruas ao risco de contaminação.
"A gente tem contato com secreções, com vários agentes físicos, químicos, biológicos nocivos, seja microorganismos ou bactérias, vários tipos de agentes. No momento em que eu saio do meu ambiente hospitalar com o meu jaleco sujo, eu tô colocando as pessoas lá fora em risco", explicou a coordenadora do Conselho Regional de Enfermagem, Ana Paula Uhdre.
No Centro de São Luís, médicos, enfermeiros e auxiliares foram flagrados trajando o jaleco, que deveria ser usado apenas dentro dos hospitais. Eles circulam normalmente pelas ruas - alguns saindo e outros chegando para trabalhar. Gente transportando caixa térmica, cilindros e até com roupas de uso exclusivo da área de internação. Donos de bares e restaurantes próximos a hospitais já estão pedindo, em avisos na parede, que ninguém entre usando jaleco, por causa do risco de contaminação.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que o jaleco deve ser usado apenas no local de trabalho. No Maranhão, uma lei estadual, que já existe há dois anos, proíbe os profissionais da área de saúde de usá-lo em ambientes públicos, fora dos hospitais. "Falta uma consciência do profissional quanto ao uso indevido do jaleco em locais impróprios. Deve ser formada uma consciência sanitária, através da educação continuada das próprias unidades de saúde.", disse a coordenadora de Controle à Infecção Hospitalar, Rosimary Medeiros.
Para o Conselho Regional de Enfermagem, os hospitais precisam ainda criar outras formas de controle. "Que todo hospital tenha uma comissão de controle de infecção. Essa comissão vai ser conhecida, formalizada e, aí sim, a gente pode partir para punições", avisou Ana Paula Uhdre.