SIVA reúne 280 clássicos, expostos no Anhembi até o próximo domingo.
Evento quer novo conceito para o próximo ano e projeção internacional.
A principal mudança na 2ª edição do evento foi no critério e no processo de escolha dos carros exibidos. A FBVA pede aos mais de 100 clubes afiliados que indiquem, cada um, dois carros que representem as associações. O clube do Ford Mustang, por exemplo, sugere dois carros que simbolizem a essência do muscle-car americano, que sejam os mais completos em termos de conservação e originalidade. A partir daí, uma comissão vai escolhendo os automóveis e “equalizando” os clássicos por década, marca, tipo e região. Antes, cada colecionador escolhia o que levar ao evento.
Essa é a frase propagada pelo curador do SIVA 2012, Júlio Penteado. “Fazemos o evento com o colecionador e para o público, esperando que ele se torne também um colecionador no futuro”, completa.
E para facilitar o entendimento do público em relação aos carros expostos, nesta 2ª edição eles foram agrupados conforme o país de origem. Na ala dos americanos, destaque para o Ford Mustang Mach I – que marca uma interrupção na linha, que deixaria de ser um muscle-car para ser um Mustang mais compacto –, os três Mustangs fastback, considerados raros, e o Pontiac Trans Am, cujo dono o adquiriu 0 km.
Já no espaço reservados aos esportivos europeus, a Lamborghini Espada tem um dos desenhos mais exóticos – do tipo “ame ou odeie” – do evento. Ao seu lado, um raríssimo Iso Griffo 77 e um Mercedes-Benz 300S Coupé 1954.
Os visitantes também poderão entender melhor alguns projetos genuinamente brasileiros, como os Volkswagen SP2 e Karmann Ghia TC, além do Puma GT, do Brasinca Uirapuru e do Malzoni GT. Nessa edição, eles foram destacados dos carros nacionais, que mantiveram seu espaço com modelos como Opala, Fusca, Corcel, Simca Chambord, entre outros.
2013
O SIVA não coincide com o GP do Brasil de Fórmula 1 à toa. A ideia, segundo Thielmann, não é só atrair o público que vai ver a corrida para o Salão: “queremos difundir o antigomobilismo brasileiro. E a estratégia será, cada vez mais, trazer a caravana que trabalha na F-1, como dirigentes de equipes, comissários, ex-pilotos, para o SIVA. Quero que o mundo saiba que o antigomobilismo nacional é forte e tem carros raros e de qualidade”.
O presidente da FBVA é categórico ao projetar o grande desafio para o SIVA 2013: “teremos que pensar num novo conceito, mantendo a essência, mas com uma nova forma de leitura do Salão. E aí a renovação dos carros expostos será uma consequência”.
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