MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 4 de novembro de 2012

Setor automotivo do TO participa de programa para melhorar negócios


Uma das alternativas para se diferenciar é investir em sustentabilidade.
Buscando melhorias, concorrentes se tornam parceiros e criam associação.

Do PEGN TV

Concorrentes podem se tornar parceiras com o objetivo de aumentar a competitividade, como ocorre com empresas do setor automotivo do Tocantins que participam de um programa de melhoria nos negócios. Uma das alternativas para se diferenciar no mercado é investir em ações sustentáveis.
A aposta de uma oficina mecânica que participa do programa é na reciclagem. Não há sujeira de graxa no chão nem manchas nos uniformes, e o descarte dos materiais é organizado para separar peças que não servem mais e enviá-las para a reciclagem.
O negócio começou em 1998, com um investimento de R$ 10 mil, mas só 10 anos depois ganhou sede própria. Atualmente, a oficina tem R$ 500 mil em equipamentos e emprega 12 pessoas.
O faturamento aumentou 20% depois que a empresa começou a participar do programa Empreender, do Sebrae e da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB). Hoje, chega a R$ 80 mil por mês.
O programa é realizado em todo o país e ajuda a aumentar a competitividade das empresas de pequeno porte, incentivando, por exemplo, a atualização constante dos empresários. “Nós começamos a participar de cursos e a ver que a gente tinha que mudar, tinha que inovar”, diz o empresário Samuel de Souza.
Com a separação do chumbo, a empresa conseguiu reduzir custos e beneficiar quem trabalha com reciclagem. O material recolhido se transforma em peças que vão ser utilizadas para fazer o balanceamento geométrico dos carros.
A reciclagem é feita no forno. O chumbo velho é jogado lá, moldado e colocado na máquina, de onde saem as barrinhas prontas. Depois disso, é só passar uma fita dupla face e embalar. “A cada dez quilos de chumbo que eu recolho, eu deixo três quilos de chumbo novo”, diz o reciclador Gilvan Sousa.
A sustentabilidade tem sido a aposta de muitas empresas que buscam aumentar a competitividade, um caminho bastante estimulado pelo Rio+20, segundo Ademir Gomes Rego, do Sebrae do Tocantins. “As pequenas empresas, as micro empresas, os empreendedores individuais, eles também têm que fazer parte desse processo. Ele (Samuel de Sousa) buscou também gerar receitas com os produtos, com os descartes que existem dentro da empresa, então isso contribuiu muito até para geração de receita para a empresa”, diz Ademir.
A empresa de William Paz, especializada no reparo de injeção eletrônica de combustível, investe em inovação por meio da tecnologia. Com a ajuda de equipamentos de ponta como o scanner automotivo, que indica o local do problema, a empresa consegue ter mais precisão e agilidade nos serviços.
“Fizemos um diagnóstico bem feito para o cliente não precisar ficar trocando peça sem necessidade. E isso envolve várias ferramentas, tudo pra não errar no diagnóstico, ter um diagnóstico preciso”, diz o empresário William Paz.
Uma máquina que faz o diagnóstico das bombas e dos bicos de injeção, por exemplo, custou R$ 90 mil. Com ela, é possível analisar o fluxo, a vazão e a pressão do combustível, algo importante porque a sujeira dentro desses componentes faz o automóvel funcionar mal. “Inovar e investir nessa parte de tecnologia é o mercado. A tendência é crescer. A gestão é inovar”, diz William.
O investimento de William para montar a oficina de injeção eletrônica foi de cerca de R$ 60 mil, mas o faturamento aumentou 15% depois da adesão ao Projeto Empreender, diz William. Para o ano que vem, a meta é crescer entre 20% e 30%.
A aposta em inovação mudou a relação entre os empresários do mesmo ramo. De concorrentes, eles viraram parceiros, começaram a trocar ajuda, emprestar equipamentos e acabaram se associando.
A Associação dos Empresários do Ramo Automotivo de Palmas já tem 15 membros. A integração é incentivada pelo Sebrae e por uma entidade que integra a CACB, a Federação das Associações Comerciais e Industriais de Tocantins (Faciet). Um dos pontos positivos de se associar, é que todos ganham com as soluções em conjunto, que diminuem os custos, diz a coordenadora do Faciet-Tocantins, Adriana Silva.
O objetivo é tornar as empresas mais competitivas por meio da união dos empresários, da aproximação das empresas e da identificação dos problemas, diz Ademir, do Sebrae-Tocantins

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