MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Sites oferecem hospedagens que fogem dos tradicionais hotéis


Eron Rezende A TARDE

  • Air BNB | Divulgação
    Casas na árvore, lofts e outras opções para quem quer fugir da hospedagem convencional
Se a dúvida é a assepsia do hotel, prefira a camaradagem da casa. Se o objetivo é economizar, troque a desordem do albergue por um futon só seu. E se a questão é a amizade, pondere sobre um quarto no apartamento de um anfitrião gente boa. Focados em serviços de hospedagem, sites agora oferecem opções como essas balizadas pela palavra-desejo de quem viaja: aconchego.
Líder no segmento, o Air BNB tem ofertas em 30 mil cidades cidades de 192 países. Nele, é possível encontrar uma casa na árvore em Andaluzia por US$ 30, um quarto em Nova York por US$ 100 e um loft em Paris por US$ 2.500. O serviço foi criado em 2008 e funciona como um espaço de troca de imóveis. Se você quer alugar temporariamente o seu, basta postar fotos e informações e esperar o contato de um interessado. O site faz uma pré-seleção, hóspedes e hospedados se avaliam constantemente e o resultado é uma rede de lugares bacanas.
A fotógrafa Teodora Valois, 25, já usou o Air BNB duas vezes, quando precisou se hospedar em São Francisco e Vancouver: "Não gosto de albergue, prefiro algo mais calmo". Ela pagou uma média de US$ 100 (cada noite) pelos quartos. Para o próximo destino, Nova York, escolheu se hospedar em um terraço com "vista impecável para a cidade".
Segundo Jakob Kerr, gerente de comunicação da Air BNB, o objetivo é "criar um Facebook de viajantes, com cada usuário sendo um hotel". O coleguismo que caracteriza o negócio, no entanto, não impediu que um apartamento fosse vandalizado, levando o site a criar um seguro que cobre prejuízos de até US$ 50 mil.
O sucesso do Air BNB é tanto que a associação hoteleira de Nova York tentou classificá-lo como agenciador de "hotéis ilegais", com medo da concorrência. Hoje, o site é avaliado em US$ 1 bilhão. "Ocupamos um lugar entre os preços altos de um hotel e o incômodo de um aluguel ou albergue tradicional", explica Kerr.
Surfar - O CouchSurfing vai pelo caminho do bolso. A ideia desse site é estimular a troca de experiências através de hospedagens gratuitas - 3 milhões delas estão cadastradas. A proposta ("surfando sofás", na tradução) pode não oferecer conforto na maioria das vezes, mas vem embalada pela filosofia da viagem. "A opção permite maior contato com a cultura da região visitada", diz Michel Ribeiro, 28, publicitário que já percorreu 12 países e recebeu nove hóspedes através do site. "No hotel ou albergue, você fica com turista. Na casa de alguém, há a oportunidade de entender melhor a cidade".
Assim como Air BNB, o CouchSurfing busca oferecer contatos seguros por meio de um sistema no qual os membros se avaliam. A ferramenta traz confiança, mas não elimina riscos.
"A dica é perguntar detalhes da acomodação e regras da casa antes de fazer a opção. E se a dúvida persistir, não feche acordo", alerta o mochileiro Casey Felton, fundador do site. Em 2004, antes de viajar para a Islândia, ele enviou e-mails aleatórios para estudantes da maior universidade do país em busca de alguém que cedesse o sofá sem cobrar nada. Para sua surpresa, recebeu 50 respostas positivas. "Vi que existia público, mas faltava uma plataforma para organizar a demanda".
Troca - Menos roots do que o CouchSurfing e para acordos mais demorados do que os oferecidos pelo Air BNB, sites como o Home for Exchange e TrocaCasa oferecem um tipo de turismo em que você deixa sua casa para o hóspede enquanto se hospeda na casa dele. O único custo envolvido em todo o processo é o de cadastro, que varia de R$ 78 a R$ 300 por ano. As mensagens são todas trocadas via sites e os acordos duram em média um mês.
"Alguns membros reclamam que a casa em que se hospedaram não corresponderam às expectativas. Mas eles são minoria", garante Ans Lammers, dona do Home For Exchange. É dela o conselho válido para quem pretende experimentar qualquer um dos serviços citados nesta matéria. "Se a pessoa não está disposta a confiar em um estranho, corra para um hotel".

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