MEDIÇÃO DE TERRA

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terça-feira, 6 de novembro de 2012

Viagens de trem para Campos do Jordão são suspensas


Gerson Monteiro | Agência Estado

Depois do acidente que deixou três mortos e 40 feridos no sábado (3), o governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Transportes Metropolitanos, suspendeu por pelo menos 30 dias os passeios turísticos na Estrada de Ferro Campos do Jordão (EFCJ), na Serra da Mantiqueira, no trecho entre Pindamonhangaba e Campos do Jordão, até que a sindicância seja concluída.
Em conversa informal com os bombeiros, já na madrugada de domingo, o Secretário de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, chegou a comentar sobre a necessidade de reforçar a segurança dos assentos ao assoalho do equipamento. Com o impacto da automotriz de prefixo A2 contra o barranco, praticamente todos os bancos foram arremessados para a parte da frente do veículo. Os assentos eram presos por parafusos e não tinham cinto de segurança.
Uma possível falha no sistema de freios tem sido apontada pelos passageiros que perceberam o trem ganhar velocidade pouco antes da curva onde descarrilou. Segundo Rubens Vockt Carvalho de Araújo, de 42 anos, um dos passageiros e marido da mulher grávida morta depois de dar entrada no hospital, o maquinista Luciano Silva teria se desesperado e gritado ao perceber a falta de freio no veículo.
Já o irmão de Luciano, o empresário Cristiano Silva, pediu cautela à imprensa na divulgação das possíveis causas do acidente. "Ele tem uma ideia do que possa ser, mas isso ele só vai dizer no inquérito", comentou. "Ele nasceu de novo. A cabine era a mais propícia à tragédia", disse Silva, afirmando que o maquinista apenas fraturou o braço direito e a mão esquerda, mas sem previsão de alta e continua em estado de choque, lamentando a morte da amiga e guia turística Sonia Maria de Oliveira, de 47 anos, que morreu no acidente. "A família está em oração e se compadece", frisou.
O maquinista nunca havia se envolvido em qualquer acidente e é considerado experiente e cauteloso, segundo o irmão, e estaria há pelo menos 16 anos somente na Estrada de Ferro Campos do Jordão. Ele é a principal fonte para a sindicância e o inquérito policial que vão apurar as causas do acidente. Durante as investigações está suspensa a circulação de trens turísticos entre Pindamonhangaba e Campos do Jordão. A automotriz envolvida no acidente estava em circulação desde 1924 e já passou por cinco reformas, sendo a última entregue oficialmente em julho. Segundo o governo do Estado, em 2011 e 2012 foram investidos R$ 14 milhões na restauração dos bondinhos e manutenção da EFCJ, que completará 100 anos em 2014.

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