A estimativa é que número seja maior do que desempenho de 2006.
Dos animais abatidos, 48% eram fêmeas.
Criação de gado em Mato Grosso (Foto: Josi Pettengill/
Secom/MT)
Dois mil e doze deve consolidar recorde no abate de bovinos em Mato
Grosso. A estimativa é que um plantel de 5,5 milhões de animais seja
enviado às indústrias frigoríficas, nível considerado o maior da
história. A marca supera o desempenho de 2006, quando foram 5,2 milhões
de exemplares.Secom/MT)
A estimativa é do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), baseada em dados do Instituto de Defesa Agropecuária (Indea). Até outubro, 4,5 milhões de animais foram enviados às indústrias.
Caso confirmado, o descarte será tornar 12% superior ao ano de 2011, quando foram 4,9 milhões de cabeças. A curva ascendente é amparada especialmente pelo maior uso de fêmeas, destaca Daniel Latorraca, gestor do Imea. O crescimento no número de abates reflete duas realidades opostas, lembra o economista.
De um lado a do pecuarista, que em função da menor disponibilidade de pastagem optou por abater fêmeas. Sinal de alerta na atividade, já que o descarte destes animais implica na renovação do rebanho. Do total de animais abatidos neste ano 48% eram fêmeas, patamar visto apenas em meados de 2006 a 2007, quando o descarte cresceu consideravalmente em função da desvalorização no preço da arroba do boi.
Com mais animais abatidos, as plantas mato-grossenses elevaram suas capacidades de utilização - de aproximados 35% para 43%. "Isso deu um fôlego para os frigoríficos que já estão em recuperação judicial e também estavam sofrendo com a falta de boi", considerou Daniel Latorraca.
Um sinal
Em julho deste ano Mato Grosso já dava sinais que o nível de abates enquadrar-se-ia em um patamar recorde. O universo de animais abatidos neste mês superou o desempenho obtido a cada mês nos últimos cinco anos.
No sétimo mês de 2012 as indústrias abateram 498 mil. Este aumento na quantidade de animais foi resultado da oferta de bovinos à pasto somado ao início da entrega de animais confinados.
O maior número observado até então foi em março de 2007, quando 502 mil animais foram descartados.
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