MEDIÇÃO DE TERRA

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domingo, 23 de dezembro de 2012

Abate de bovinos deve bater recorde em Mato Grosso, estima Imea


A estimativa é que número seja maior do que desempenho de 2006.
Dos animais abatidos, 48% eram fêmeas.

Leandro J. Nascimento Do G1 MT

Criação de gado em Mato Grosso (Foto: Josi Pettengill/Secom/MT)Criação de gado em Mato Grosso (Foto: Josi Pettengill/
Secom/MT)
Dois mil e doze deve consolidar recorde no abate de bovinos em Mato Grosso. A estimativa é que um plantel de 5,5 milhões de animais seja enviado às indústrias frigoríficas, nível considerado o maior da história. A marca supera o desempenho de 2006, quando foram 5,2 milhões de exemplares.
A estimativa é do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), baseada em dados do Instituto de Defesa Agropecuária (Indea). Até outubro, 4,5 milhões de animais foram enviados às indústrias.
Caso confirmado, o descarte será tornar 12% superior ao ano de 2011, quando foram 4,9 milhões de cabeças. A curva ascendente é amparada especialmente pelo maior uso de fêmeas, destaca Daniel Latorraca, gestor do Imea. O crescimento no número de abates reflete duas realidades opostas, lembra o economista.
De um lado a do pecuarista, que em função da menor disponibilidade de pastagem optou por abater fêmeas. Sinal de alerta na atividade, já que o descarte destes animais implica na renovação do rebanho. Do total de animais abatidos neste ano 48% eram fêmeas, patamar visto apenas em meados de 2006 a 2007, quando o descarte cresceu consideravalmente em função da desvalorização no preço da arroba do boi.
Já para os frigoríficos, a alta nos abates possibilitou um ganho de fôlego, cita Daniel Latorraca. "Para o produtor não foi um movimento tão interessante, já que registramos um grande abate no primeiro semestre, em função da disponibilidade de pastagem. Por outro lado, pela saúde financeira dos frigoríficos isso foi positivo", destacou Latorraca.
Com mais animais abatidos, as plantas mato-grossenses elevaram suas capacidades de utilização - de aproximados 35% para 43%. "Isso deu um fôlego para os frigoríficos que já estão em recuperação judicial e também estavam sofrendo com a falta de boi", considerou Daniel Latorraca.
Um sinal
Em julho deste ano Mato Grosso já dava sinais que o nível de abates enquadrar-se-ia em um patamar recorde. O universo de animais abatidos neste mês superou o desempenho obtido a cada mês nos últimos cinco anos.
No sétimo mês de 2012 as indústrias abateram 498 mil. Este aumento na quantidade de animais foi resultado da oferta de bovinos à pasto somado ao início da entrega de animais confinados.
O maior número observado até então foi em março de 2007, quando 502 mil animais foram descartados.

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