MEDIÇÃO DE TERRA

MEDIÇÃO DE TERRA
MEDIÇÃO DE TERRAS

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Atitudes Positivas: Em 2013, cuide da escola pública

Thamires Tavares A TARDE

  • Iracema Chequer | Ag. A TARDE
    Depredamento nas escolas é algo corriqueiro
A escola pública é um espaço de todos. Cidadãos são formados em um ambiente em que relações de amizade são criadas e as primeiras descobertas sobre a futura carreira profissional são feitas. O cuidado com esse espaço, é, portanto, fundamental e de responsabilidade de toda a população. No entanto, o depredamento nas escolas é algo corriqueiro. Portas, janelas, fechaduras, pinturas, bebedouros, luminárias, equipamentos sanitários, cadeiras e quase todos os materiais disponíveis para uso dos alunos, professores e funcionários são frequentemente danificados e inutilizados.
Segundo o Superintendente de Organização e Atendimento da Rede Escolar da Secretaria Estadual de Educação, José Maria Dutra, são gastos 60 milhões de reais por ano na manutenção e recuperação de 1.400 escolas estaduais. O maior índice de depredação se concentra nas 350 escolas de Salvador e região metropolitana, em que 20.000 carteiras escolares são repostas anualmente devido ao vandalismo e ao próprio desgaste.
A Secretaria da Educação do Estado da Bahia realiza ações educativas principalmente através de campanhas na rede e do programa "Revitalização das Escolas", desenvolvido desde 2007. O projeto visa promover uma articulação da escola com a comunidade local, que, ainda segundo o superintendente, tem ajudado na redução do depredamento.

Dados da Coordenação de Estruturação da Rede Física Escolar municipal (CERE) indicam que cerca de 8 milhões de reais são gastos por ano na manutenção predial das escolas municipais. O Coordenador da CERE, Fabbio Péra, sugere que "entender a escola como sua casa é o principal. A escola precisa incluir em seu currículo uma matéria parecida com a Moral e Cívica, ou até mesmo produzir atividades artísticas que agreguem a identidade do aluno à arquitetura da Escola".
Além de prejudicar o sistema educacional físico, a verba destinada aos gastos com o material vandalizado poderia ser utilizada em melhorias para a educação. Fabbio afirma, ainda, que a CERE tem registros até de pessoas que quebram telhas de escolas com a finalidade de empinar pipas.
Discutindo sobre o sentimento de pertencimento à escola e a violação do patrimônio escolar em artigo, a especialista em processos de escolarização, Milena Pimenta de Souza, argumenta que as escolas muitas vezes não levam em conta a individualidade do aluno. Para Milena, a vandalização dos estudantes pode ser apenas a maneira de externar o conflito existente entre o discurso e a forma como a educação é feita.
A preservação dos bens materiais pelos que utilizam as escolas públicas é essencial para manter o ambiente acadêmico agradável. As ações educativas são necessárias, mas a própria comunidade e os estudantes podem contribuir com pequenas atitudes para manter suas escolas conservadas.
Não riscar as paredes, não jogar lixo no chão, organizar e cuidar das cadeiras e mesas, manter o chão limpo e preservar os trabalhos expostos pelos colegas, são algumas das atitudes que podem contribuir para a preservação desses espaços públicos em 2013.

Nenhum comentário:

Postar um comentário