Na quinta-feira, Taiwan se tornou o sétimo país a suspender as compras.
País deu prazo até março para países retomarem as compras de carne.
Exportações de carne bovina até novembro aos países que restringiram compras | ||
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US$ mil | toneladas | |
Egito* | 511.268,2 | 128.000 |
Arábia Saudita | 157.669,2 | 34.000 |
China | 64.766,9 | 15.000 |
Japão | 7.035,2 | 1.500 |
África do Sul | 1.136,2 | 335 |
Coréia do Sul | 48,4 | 15 |
Taiwan | - | - |
*suspendeu importação do Paraná |
O Egito parou as compras apenas do Paraná, já os demais países restringiram as compras de todo o país. No entanto, segundo o ministério, Taiwan sequer aparece na lista de exportações deste ano, não tendo vendas registradas para o país.
O Brasil deu até março para os países eliminares as medidas ou registrará uma queixa na OMC. Em fevereiro a entidade faz uma reunião para avaliar o status de cada país em relação ao risco. Atualmente o Brasil mantém o status de "risco insignificante", a melhor classificação da lista, segundo o Ministério da Agricultura.
Anteriormente, o Brasil havia lançado uma ofensiva diplomática para acabar com as restrições após a morte de uma vaca no Estado do Paraná, que foi confirmada apenas este mês pelas autoridades brasileiras. Agora, porém, o Brasil prometeu tomar uma ação regulatória contra os países que rejeitam sua carne, dizendo que não há espaço para tal ação.
Entre os países que estão restringindo a carne brasileira, os maiores compradores são Egito e a Arábia Saudita, que está entre os 10 maiores compradores de carne do país. No entanto, o ministério argumenta que o impacto econômico até agora era "muito baixo", porque o Egito apenas baniu a carne da região onde o caso ocorreu, no Paraná. A Arábia Saudita suspendeu a carne de todo o país.
Vaca louca
No último dia 7, o Ministério da Agricultura confirmou a presença do agente causador da EEB (Encefalopatia Espongiforme Bovina), mais conhecida como a doença da vaca louca, em uma fêmea que morreu em 2010 em uma fazenda em Sertanópolis (PR). O governo informou, no entanto, que “o episódio não reflete risco algum à saúde pública ou à sanidade animal”.
Após o caso, o governo brasileiro enviou missões oficiais aos países que comunicaram restrições ao produto e que está intensificando os contatos com os maiores importadores para esclarecer o caso "não-classsico" de EEB.
Na última sexta-feira (14), a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) afirmou que as restrições à exportação da carne bovina brasileira desrespeitam as normas e procedimentos da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE, sigla em inglês) e que o governo brasileiro pedirá justificativas aos países que decidiram suspender as importações do produto nacional após a confirmação de um caso considerado não-clássico do agente da doença da vaca louca.
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