MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Brasil ameaça ação na OMC sobre restrições por vaca louca


Na quinta-feira, Taiwan se tornou o sétimo país a suspender as compras.
País deu prazo até março para países retomarem as compras de carne.

Do G1, com informações da Reuters

O Brasil estipulou prazo até para os sete países que suspenderam temporariamente as importações de carne bovina do país voltem a comprar os produtos ou vai recorrer à Organização Mundial do Comércio (OMC), disse nesta sexta-feira (21) o secretário de defesa agropecuária do Ministério da Agrocultura, Enio Marques Pereira.
Exportações de carne bovina até novembro aos países que restringiram compras
  US$ mil toneladas
Egito* 511.268,2 128.000
Arábia Saudita 157.669,2 34.000
China 64.766,9 15.000
Japão 7.035,2 1.500
África do Sul 1.136,2 335
Coréia do Sul 48,4 15
Taiwan - -
*suspendeu importação do Paraná
Nesta quinta-feira (20), Taiwan elevou a lista de países com restrições à carne brasileira para sete. Com isso, Arábia Saudita, Egito, Japão, China, África do Sul, Coreia do Sul e Taiwan suspenderam temporariamente as importações após o caso registrado no Paraná.
O Egito parou as compras apenas do Paraná, já os demais países restringiram as compras de todo o país. No entanto, segundo o ministério, Taiwan sequer aparece na lista de exportações deste ano, não tendo vendas registradas para o país.
O Brasil deu até março para os países eliminares as medidas ou registrará uma queixa na OMC. Em fevereiro a entidade faz uma reunião para avaliar o status de cada país em relação ao risco. Atualmente o Brasil mantém o status de "risco insignificante", a melhor classificação da lista, segundo o Ministério da Agricultura.
Anteriormente, o Brasil havia lançado uma ofensiva diplomática para acabar com as restrições após a morte de uma vaca no Estado do Paraná, que foi confirmada apenas este mês pelas autoridades brasileiras. Agora, porém, o Brasil prometeu tomar uma ação regulatória contra os países que rejeitam sua carne, dizendo que não há espaço para tal ação.
"Março é o prazo final", disse Enio Marques Pereira, Secretário de Defesa Agropecuária, após reunião da Organização Mundial para Saúde Animal (OIE) nesta sexta-feira.
Entre os países que estão restringindo a carne brasileira, os maiores compradores são Egito e a Arábia Saudita, que está entre os 10 maiores compradores de carne do país. No entanto, o ministério argumenta que o impacto econômico até agora era "muito baixo", porque o Egito apenas baniu a carne da região onde o caso ocorreu, no Paraná. A Arábia Saudita suspendeu a carne de todo o país.
Vaca louca
No último dia 7, o Ministério da Agricultura confirmou a presença do agente causador da EEB (Encefalopatia Espongiforme Bovina), mais conhecida como a doença da vaca louca, em uma fêmea que morreu em 2010 em uma fazenda em Sertanópolis (PR). O governo informou, no entanto, que “o episódio não reflete risco algum à saúde pública ou à sanidade animal”.
Após o caso, o governo brasileiro enviou missões oficiais aos países que comunicaram restrições ao produto e que está intensificando os contatos com os maiores importadores para esclarecer o caso "não-classsico" de EEB.
Na última sexta-feira (14), a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) afirmou que as restrições à exportação da carne bovina brasileira desrespeitam as normas e procedimentos da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE, sigla em inglês) e que o governo brasileiro pedirá justificativas aos países que decidiram suspender as importações do produto nacional após a confirmação de um caso considerado não-clássico do agente da doença da vaca louca.

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