MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Brasil pretende ser país de classe média, afirma Dilma


Em evento na França, a presidente citou que o governo implementou na economia a mobilidade social, com aumento de emprego, transferência de renda e de maior crédito


Luciana Antonello Xavier e Fernando Nakagawa, enviado especial da Agência Estado
PARIS- Ter um Brasil de classe média é um dos objetivos do governo, afirmou há pouco a presidente Dilma Rousseff, durante seminário empresarial realizado em Paris. Ela citou que o governo implementou na economia a mobilidade social, com aumento de emprego, transferência de renda e de maior crédito. Dilma disse que foram criados no País 17 milhões de emprego, que houve elevação de renda dos mais pobres e que 16 milhões de famílias saíram da condição de extrema pobreza.
'Queremos construir um ambiente extremamente seguro e amigável para investimento privado' - Eric Feferberg/ AP
Eric Feferberg/ AP
'Queremos construir um ambiente extremamente seguro e amigável para investimento privado'
"O Brasil pretende ser e se transformar em país de classe média", disse. "O Brasil pretende ter padrões de consumo de bens e serviços de classe média", completou, ao falar no seminário "Desafios e Oportunidades de uma Parceria Estratégica", na sede do Movimento de Empresas da França (Medef).
A presidente afirmou que o governo brasileiro está empenhado em resolver gargalos da infraestrutura de modo a criar condições para crescimento no curto, médio e longo prazos. "Nós queremos uma economia flexível, capaz de gerar inovação, ciência e tecnologia. Queremos economia desburocratizada", disse.
"Por isso, é importante a redução do custo de capital. Tínhamos uma das taxas de juros mais elevadas. Se caminhamos para uma trajetória prudente no sentido de convergir essa taxa para patamares internacionais, nós não estamos tendo canibalização da nossa indústria", acrescentou.
Segundo Dilma, investimento e infraestrutura são estratégicos para que o Brasil se torne economia que "possa dobrar renda per capita em horizonte de até 20 anos". "Nós também queremos construir um ambiente extremamente seguro e amigável para investimento privado", disse. "Temos de ter um imensa atenção, dedicação, com nossos portos", mencionou durante seu discurso na sede do Movimento de Empresas da França (Medef).
Crescimento 
Dilma disse sobre a necessidade de cooperação entre os países para sair da crise e disse que o Brasil vem fazendo sua parte para retomar o crescimento. "O Brasil tem mantra. Crescimento se faz com geração de emprego e distribuição de renda", afirmou. "Meu País vem fazendo a sua parte no esforço para retomar o crescimento", acrescentou.
Dilma disse que o País superou "falácias" e falou da importância de se fazer consolidação fiscal, observando, no entanto, que tal consolidação só é feita de forma adequada quando se dá em um quadro de crescimento. Segundo ela, é possível compatibilizar crescimento com distribuição de renda e crescimento com estabilidade macroeconômica.
A presidente falou ainda que o Brasil e a França podem intensificar a cooperação em várias áreas e aproveitar as oportunidades de investimentos. "O Brasil e França precisam intensificar investimentos recíprocos em áreas estratégicas", disse. "Há grande potencial entre Brasil e França, na área aeroespacial, mineral e de alimentos", citou.
Dilma ressaltou que o Brasil tem feito investimentos de modo crescente na França e que o fórum lançado entre os dois países oferece impulso para que haja cooperação entre os dois países. "Não só vamos refletir sobre a crise, mas vamos buscar propor novas oportunidades que essa crise nos abre", afirmou.
Inflação
Ao mencionar os desafios e avanços da economia brasileira, a presidente Dilma Rousseff disse que os juros caíram e que a inflação está controlada. "Caminhamos no sentido de convergir a taxa de juros a patamares internacionais", disse. "Nossa inflação está sob controle", acrescentou.
De acordo com Dilma, o modelo do seu governo é de retomar crescimento, com distribuição de renda e equilíbrio macro e que o Brasil exerce atração sobre o investimento estrangeiro. "Atraímos US$ 66 bilhões em 2011 e US$ 63,8 bilhões até setembro de 2012", citou.
A presidente afirmou ainda que o Brasil tem o grande desafio de desenvolver a competitividade na sua economia. "Temos preocupação em reduzir o custo de produção. Queremos competitividade", afirmou.

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