MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Com criatividade, brechó pode render peças customizadas, dizem adeptos


Publicitária e ator de Porto Velho são clientes fieis de brechós.
Peças podem custar de R$ 1 a R$ 400, dizem comerciantes.

Taísa Arruda Do G1 RO
Juraci e Duana frequentam brechós há cinco anos (Foto: Táisa Arruda/G1)Juraci e Duana frequentam brechós há cinco anos (Foto: Taísa Arruda/G1)
Para quem está com orçamento ‘apertado’ e procura opções em conta para se vestir bem sem comprometer as contas do fim do mês, os brechós podem ser a alternativa com roupas e acessórios novos e seminovos. Em Porto Velho, os preços chamam a atenção do consumidor. Há peças a partir de R$ 1 e que podem chegar até R$ 400, todas de boa qualidade, garantem os comerciantes. O G1 percorreu alguns brechós na capital  e mostra que é possível comprar peças alternativas gastando pouco.
É possível gastar em um brechó, dependendo da escolha, até R$ 50 com uma calça ou uma saia, uma blusa e os acessórios, garante Duana Lopes, publicitária de 23 anos. Jeans, como jaquetas e calças, tênis e cintos podem ser adquiridos por preços 'bacanas', segundo a publicitária, que frequenta brechós há cinco anos.
"Antes comprava apenas por causa do meu trabalho com o teatro, depois comecei a frequentar o brechó para encontrar peças para consumo próprio e até para dar de presente. Até porque tem peças novas, nem todas são usadas ou estão desgastadas. Compro muita peça jeans, como calças de referência aos anos 80 e jaquetas”, explica Duana.
Duana escolheu a jaqueta jeans de R$ 15 e a blusa estampada de R$ 5 (Foto: Taísa Arruda/G1)Duana escolheu a jaqueta jeans de R$ 15 e a blusa estampada de R$ 5 (Foto: Taísa Arruda/G1)
Duana diz que há algumas peças até 'engraçadas'. "Há um ano eu vi uma jaqueta de couro branca com franjas igual as que a dupla Chitãozinho e Xororó usava antigamente, bem diferente", diz a publicitária.
O que começou como uma necessidade, agora virou 'style'. Uma peça meio vintage pode virar algo bem atual. Basta ter criatividade: "É fácil encontrar calça jeans e transformar em um short customizado, por exemplo".
Entre roupas e acessórios, o ator Juraci Júnior, de 25 anos, prova algumas camisetas, e afirma que não deixa de visitar os brechós por causa dos 'achados'. “Tem que ter paciência para achar o que vale a pena. Eu sempre encontro algo bacana, original, tem até roupa de frio, para quem vai viajar, com preço ótimo”, diz Juraci.
O ator garante que dá para se vestir bem gastando pouco. O que vale é o estilo da pessoa e o que está sendo vendido no brechó, saber escolher a peça em bom estado de conservação também ajuda. Para Juraci é necessário alguns cuidados após a compra das peças de roupas, pois a maioria está há algum tempo guardada. "Quando a gente entra na loja sente até o cheiro de mofo, eu lavo tudo o que compro", fala sorrindo.
Juraci afirma que lava as roupas após a compra por causa do cheiro de mofo (Foto: Taísa Arruda/G1)Juraci afirma que lava as roupas após a compra por causa do cheiro de mofo (Foto: Taísa Arruda/G1)
Os brechós, garante Juraci, são ótima fonte para quem quer fazer festa tématica, por exemplo. "Eu e meus amigos sempre realizamos algumas festas privadas com temas variados e para não gastar muito, compramos as peças nos brechós e reciclamos, damos uma nova cara", explica.
De acordo com Henrique Saulo, de 24 anos, que trabalha com brechó há dois anos e meio, há roupas que chegam a custar R$ 1. “As roupas vem de São Paulo (SP), geralmente de associações que recolhem e vendem. Vendo roupas por no máximo R$ 15”, diz Henrique.
O comerciante conta que tinha uma loja de roupas novas e que começou a trabalhar com brechó quando uma cliente resolveu vender o comércio de roupas antigas por motivo de doença. Henrique afirma que não fez um mau negócio, pois consegue lucrar até mais vendendo roupas seminovas.
Para Victor Rosenfeld, dono de brechó de 53 anos, trabalhar com roupas seminovas é mais interessante, pois é possível resgatar a história social através das peças utilizadas pelas pessoas da época. Victor conta que trabalhou por muitos anos em uma companhia de navegação e que largou tudo para trabalhar com brechó. “O empreendedor vê oportunidade no horizonte. Vendo muito nessa época do ano, dezembro, por causa das festas de fim de ano, na verdade o lucro é ótimo durante todo o ano”, comemora o comerciante.
Rosenfeld conta que prefere comprar as roupas e os acessórios de cidades da região Sul do país e que algumas são novas e de 'marcas famosas'. Os preços variam entre R$ 1 e R$ 400.
Jaqueta com franjas lembra 'Chitãozinho e Xororó', comparam Juraci e Duana (Foto: Taísa Arruda/G1)Jaqueta

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