MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 16 de dezembro de 2012

Com sérios problemas de saúde, crianças precisam morar em hospitais


Elas pecisam ficar internadas permanentemente para realizar tratamento.
Famílias lutam para solucionar ou amenizar necessidades de seus filhos.

Do G1 MA, com informações da TV Mirante

O JMTV 2ª Edição mostrou o drama de mães que moram em hospitais porque os filhos precisam da internação por causa de alguma doença crônica. A assistência hospitalar em casa pelo Sistema Único de Saúde (SUS) é dever do município, mas nem sempre isso acontece. No Hospital Materno Infantil, em São Luís, existem crianças que nunca saíram do local desde que nasceram.
O clima contagiou a todos. Tem balão, bolo, doces e dia de festa no hospital. Os funcionários se reuniram para fazer uma festa surpresa para o pequeno Madson, que completa três anos. Ele mora no Materno Infantil há mais de três meses e faz diálise três vezes na semana porque os rins não funcionam.
“Meu maior desejo é que ele consiga um transplante o mais rápido possível e ele volte a ser a criança de antes, quando corria, brincava...”, afirmou Jéssica Oliveira, mãe da criança.
A situação de outras crianças que também estão internadas no hospital poderia ser bem mais facilmente resolvida. Ellen Vitória tem um ano e meio e vive no hospital desde que nasceu. A criança tem graves problemas respiratórios e depende de oxigênio e um aparelho de ventilação mecânica para sobreviver. “Ela está aqui só por conta disso, desse respirador”, contou a dona de casa Éldila Silva, mãe de Ellen.
Um aparelho de ventilação mecânica custa em média R$ 15 mil e para casos crônicos, ou seja, de necessidades que acompanham os pacientes para o resto da vida, a internação domiciliar é garantida pelo SUS e cabe ao município promovê-la. A Secretaria Municipal de Saúde tem a obrigação de fornecer os equipamentos indispensáveis à vida desses pacientes.
Ciente disso, Dulsirene Bahia buscou a ajuda do Ministério Público para conseguir os aparelhos de que a filha precisa. Carla Bianca, de 13 anos, vive em uma maca, ao lado de Ellen Vitória, em histórias bem parecidas. “Ela ocupa um leito aqui que outras crianças lá fora. Uma vez fui à promotoria e tinha um pai desesperado para trazer para cá. Fiquei olhando e lembrei que minha filha está internada e eu estou lutando para tirá-la de lá”, disse a dona de casa.
Em junho, a 1ª Vara da Infância determinou que a prefeitura providenciasse a oxigenoterapia permanente para a garota em um prazo de cinco dias. Mas a entrega do material solicitado só aconteceu uma semana mais depois. Mas só o cilindro de oxigênio não manteria Carla Bianca viva. Dulsirene voltou em setembro ao Ministério público para denunciar que ainda faltavam os aparelho de ventilação mecânica e o de alimentação enteral, pois a filha só se alimenta por uma sonda. “Não sei mais o que faço. Já procurei todos os meus direitos e até agora não tenho nenhuma resposta”, disse, emocionada, a mãe de Bianca.
Enquanto não há solução para a falta de um doador ou para um aparelho, as famílias que hoje moram no leito do hospital materno infantil padecem, mas esperançosas. “O maior sonho do Madson é ir embora”, afirmou Jéssica Oliveira, que tem pensamento compartilhado por Éldila Silva: “Eu tenho o sonho de ir para casa e cuidar de minha filha.”
Cinco crianças vivem no Materno Infantil, por não ter como fazer o tratamento em casa. No Hospital Universitário Presidente Dutra, são quatro adultos na mesma situação. A Secretaria Municipal de Saúde de São Luís (Semus) informou que está em andamento o processo de aquisição do aparelho para a paciente Carla Bianca, conforme determinação judicial.

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