Governo muda regras para pulverização aérea de cinco culturas

Medida vai permitir o uso de quatro agrotóxicos.
Produtos haviam sido apontados como responsáveis pela morte de abelhas.

Do Globo Rural

O que muda a partir de agora é que o calendário das aplicações aéreas vai respeitar os ciclos das culturas de algodão e soja de cada região do país. Antes, existia um prazo fixo para todos os estados.
O coordenador de agrotóxicos e afins do Ministério da Agricultura, Luís Rangel, falou sobre o assunto.
"Tentamos revisar o que fizemos em outubro deste ano e permitir que essas aplicações aconteçam para garantir a fitossanidade da cultura de soja e os contratos já estabelecidos para a aplicação na safra 2012/2013. Basicamente, identificamos que o melhor período para aplicações está na formação e no enchimento dos grãos, que acontecem depois da floração. Então, ao invés de criar janelas específicas ao longo do Brasil, nós criamos uma restrição de aplicação apenas, no momento em que não há visitação de abelhas que é após a floração, onde acontece a principal praga da soja, que são os percevejos. Além disso, incluímos a cultura do algodão, que é muito importante e que precisa de pulverização aérea para controle fitossanitário.
O custo, o valor de uma polinização, é muito importante até para a própria agricultura. São manejos do meio ambiente que acabam favorecendo no final do dia todo o processo da agricultura nacional. A ideia é que medidas não podem ser intempestivas ao ponto de comprometer a principal atividade econômica do Brasil, que é a agricultura nacional, e principalmente as culturas de maior impacto e envergadura, como a soja e o algodão".
As novas regras ainda precisam ser publicadas no Diário Oficial da União.