Projeto Papai Noel dos Correios de Porto Velho recebe mais de mil cartas.
As cartas ficam disponíveis para adoção até o dia 18 de dezembro.
Na
apostila das aulas de música, Charliane mostra o violino, o instrumento
que gostaria de ganhar do Papai Noel (Foto: Vanessa Vasconcelos/G1)
A estudante Charliane Coelho, de 10 anos, pediu ao 'Papai Noel' através
de uma carta, um violino. O pedido de Charliene e de milhares crianças
estão à disposição para adoção no ‘Cantinho do Papai Noel’ que fica na
agência dos Correios na Avenida Presidente Dutra, centro de Porto Velho.
Em uma semana, 1,1 mil cartinhas foram enviadas ao bom velhinho.Há dois anos, Chaliane frequenta as aulas de música oferecidas na Escola Estadual Joaquim Vicente Rondon, onde estuda, em Porto Velho. Ainda no módulo teórico do curso, ela costuma assistir às apresentações das turmas mais avançadas e um instrumento em especial chama a sua atenção: o violino.
A mãe da futura violinista, a dona de casa Maria Genileide Coelho, conta que desde que iniciou o curso, Charliane não fala em outra coisa. “Ela vai até a casa das primas e fica pesquisando na internet, me pede, mas não tenho condições de comprar”, revela a mãe. Perguntada sobre o porquê da preferência pelo instrumento, a estudante prontamente responde: “É som mais bonito de toda a orquestra”, diz a pequena.
Maria Genileide conta que é o segundo ano consecutivo que a filha envia uma carta ao projeto, na esperança de ter o desejo realizado.
Em
2011, Emily (de azul) e a irmã, pediram uma cama ao 'Papai Noel', mas
somente Milena foi atendida. (Foto: Vanessa Vasconcelos/G1)
Na Zona Leste de Porto Velho, no Bairro Pantanal, Emily Mireli dos
Santos, de 10 anos, diz que fez um pedido mais que especial ao 'Papai
Noel': uma cama de solteiro. “Quero uma cama, para que eu não precise
mais dormir no chão”, diz Emily.A família mora em uma pequena casa, com estrutura improvisada de telhas e madeira. A mãe, a dona de casa Juciléia dos Santos, conta que, quando chove, a água invade o chão da casa, molhando o colchão onde Emily dorme. No ano passado, ela e a irmã fizeram o mesmo pedido, mas somente Milene, de nove anos, foi atendida. “Espero que dessa vez eu consiga”, diz a pequena Emily, esperançosa, completando que, se a cama não for possível, um kit com material escolar também será bem vindo.
A professora Siane Guimarães contribui com o projeto há anos, e se dedica, em especial, em atender aos pedidos de materiais escolares. “Acho importante o interesse em estudar que essas crianças demonstram, e pra gente não custa ajudar”, diz Siane, que neste ano adotou sete cartas.
As cartas ficam disponíveis para adoção até o dia 18 de dezembro.
A professora Siane Guimarães adotou sete cartas e diz contribuir com o projeto há anos. (Foto: Vanessa Vasconcelos/G1)
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