MEDIÇÃO DE TERRA

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sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Obama nomeia John Kerry como secretário de Estado dos EUA


Senador irá substituir Hillary Clinton no cargo no 2º mandato do democrata.
Indicação, que precisa ser confirmada pelo Senado, já era esperada.

Do G1, com agências internacionais

O presidente Barack Obama indicou nesta sexta-feira (21) o senador John Kerry, ex-candidato presidencial democrata e especialista em diplomacia, como próximo secretário de Estado dos EUA.
"Sei que você será um excelente secretário de Estado", assegurou Obama a Kerry durante o anúncio.
Já era esperado que Obama escolhesse Kerry para liderar a diplomacia americana, depois que a embaixadora americana na ONU, Susan Rice, desistiu no último dia 13 de se apresentar como candidata.
A atual chefe da diplomacia americana, Hillary Clinton, anunciou há meses seu desejo de deixar o Departamento de Estado no início do segundo mandato de Obama, que começará em janeiro de 2013.
O presidente dos EUA, Barack Obama, anuncia John Kerry como seu futuro secretário de Estado nesta sexta-feira (21) na Casa Branca (Foto: Reuters)O presidente dos EUA, Barack Obama, anuncia John Kerry como seu futuro secretário de Estado nesta sexta-feira (21) na Casa Branca (Foto: Reuters)
Senador por Massachusetts, Kerry teve um importante papel na carreira política de Obama, principalmente por tê-lo escolhido para pronunciar o discurso mais importante da Convenção Democrata de 2004, quando o atual presidente dos EUA ainda era um político desconhecido, alavancando assim sua carreira.
Candidato derrotado à presidência americana em 2004 contra o republicano George W. Bush, Kerry foi um herói condecorado do Vietnã, antes de se tornar um militante anti-guerra.
Chefe há quatro anos do poderoso Comitê de Assuntos Exteriores do Senado, onde sucedeu ao atual vice-presidente Joe Biden, já tem uma sólida experiência em questões diplomáticas, chegando a ter servido de emissário de Obama em questões sensíveis, como no Paquistão.
Já Susan Rice foi alvo de duras críticas por parte dos republicanos por sua postura após o ataque ao consulado americano em Benghazi, na Líbia, durante o qual o embaixador Christopher Stevens e mais três diplomatas morreram.
Ela afirmou em 16 de setembro que o ataque "não era necessariamente um ataque terrorista", mas provavelmente o resultado de uma "manifestação espontânea que se degenerou". Desde então, o governo reconheceu que o ataque havia sido planejado.
Os republicanos suspeitam que Rice e a Casa Branca procuram deliberadamente enganar os americanos sobre a natureza terrorista do ataque, para não manchar a reputação de Obama, poucas semanas antes da eleição presidencial de 6 de novembro.
Entre os principais críticos dela estavam os senadores John McCain e Lindsey Graham, influentes parlamentares que tinham o poder de bloquear a nomeação de Rice.
As nomeações para cargos governamentais americanos devem ser submetidas à confirmação do Senado, onde os aliados democratas de Obama têm uma maioria simples, mas não a maioria qualificada necessária para bloquear uma possível obstrução da oposição.
Neste contexto, Kerry, com sua longa experiência no Capitólio, é considerado um candidato mais consensual do que Rice para suceder Hillary.
Hillary, depois de dirigir por quatro anos a diplomacia dos Estados Unidos em um ritmo alucinante, manifestou seu desejo de se afastar da política, mesmo se seu nome seja cogitado para uma possível candidatura presidencial democrata em 2016.
Além de Hillary, vários ministros influentes de Obama têm manifestado sua vontade de deixar ser cargo no segundo mandato: o secretário do Tesouro, Timothy Geithner, assim como Leon Panetta, o secretário da Defesa.
Para a Defesa, Obama considera nomear um ex-membro da mesma geração de Kerry, também veterano da guerra do Vietnã: o ex-senador republicano de Nebraska Chuck Hagel, 66 anos.
O fato de Hagel pertencer ao Partido Republicano poderia facilitar a validação de sua nomeação por seus ex-colegas no Senado, apesar de nem sempre aderir às teorias dominantes de política externa de seu partido, criticando em particular a estratégia do ex-presidente George W. Bush no Iraque e marcando suas diferenças sobre a questão de Israel.

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