MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

PM orienta estudantes sobre consequências do uso de drogas

Luan Santos A TARDE

  • Mila Cordeiro | Agência A TARDE
    Alunos da Escola Municipal Hercília Moreira se formam pelo Proerd
"Meu filho mudou completamente. Aprendeu a respeitar as pessoas e ficou mais responsável. Ele não aprendeu a fazer conta ou escrever  textos, mas as lições foram tão importante quanto". Este é o relato emocionado da cuidadora de idosos Nildete dos Santos sobre a participação de seu filho, Pedro Vitor dos Santos, 16 anos, no Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência  (Proerd), ministrado pela Polícia Militar (PM).
Com o objetivo de alertar estudantes de escolas públicas e privadas sobre as consequências do uso de entorpecentes, o Proerd é  desenvolvido atualmente em 73 municípios do Estado.
Aluno do quinto ano do ensino fundamental, Pedro Vitor está defasado em relação à série, mas diz que a participação no Proerd mudou sua  maneira de ver o mundo. "Não só em relação às drogas. Aprendi a respeitar meu próximo e que devo me dedicar aos estudos para mudar  minha realidade", afirma.
O Proerd é voltado para alunos da educação infantil e do quinto ao sétimo ano do ensino fundamental. Na Bahia, até o final do atual ano letivo, o programa deve formar cerca de 40 mil alunos.
O curso, que é ministrado por um policial militar capacitado, tem duração de três a quatro meses. Neste período, são realizadas atividades lúdicas que visam informar os estudantes sobre o uso de drogas e suas consequências sociais e para a saúde.
As aulas do Proerd acontecem uma vez por semana, com duração de uma hora, nas próprias unidades de ensino. O curso dura, em média, dez semanas.
Coordenador de Estudos e Atenção às Drogas da Superintendência de Prevenção à Violência (Sprev), vinculada à Secretaria da Segurança Pública do Estado (SSP), o capitão Elsimar Leão comenta que o ensino do curso é baseado em lições de respeito e cidadania e focado nas principais drogas.
"Procuramos despertar a reflexão nos alunos. Não pregamos o discurso de que 'se ele usar drogas vai morrer'. Os incentivamos para que reflitam e, a partir dos conhecimentos que adquiriram, decidam não usar drogas", diz.
Conforme Leão, mais policiais estão sendo treinados para ministrarem os cursos e a meta do próximo ano é atingir a faixa dos 40 mil estudantes formados.
Aprendizado - Pesquisa realizada pela PM da Bahia, revelou que 70% das crianças que participaram do Proerd quando tinham 10 anos de idade, aos 16, ao serem entrevistados, não haviam feito uso de nenhuma substância psicoativa.
Para Leão, este número é  um incentivo para a continuidade e expansão do trabalho realizado pelo programa. "A longo e médio prazos, nossa expectativa é diminuir ainda mais os índices de consumo e tráfico de drogas, fortalecendo a parceria entre escola, crianças, família e polícia", ressalta.
A diretora da Escola Municipal Hercília Moreira, Cátia Barreto, acredita que a parceria entre educação e segurança é positiva para os alunos. "Os pais, muitas vezes, não têm tempo para acompanhar seus filhos, saber com quem andam e o que estão fazendo, durante o dia. A escola pode ocupar este espaço, auxiliando os pais", defende.
Para ela, o principal ponto positivo do Proerd é o diálogo proporcionado entre alunos, escola, pais e polícia. "O estudante aprende que o policial não é um repressor, como é divulgado normalmente. O diálogo gera respeito mútuo", ressalta.

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