MEDIÇÃO DE TERRA

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quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Produtores fecham mais trechos de BR contra saída de posseiros em MT


Trechos da BR-158 em três cidades de Mato Grosso foram fechados.
Bloqueio em Alto Boa Vista já deixa região com risco de desabastecimento.

Do G1 MT
Bloqueio em rodovia já prejudica abastecimento na região (Foto: Reprodução/TVCA)Bloqueio em rodovia já prejudica abastecimento na região de
Alto Boa Vista (Foto: Reprodução/TVCA)
Produtores rurais de outras regiões de Mato Grosso aderiram nesta terça-feira (11) ao protesto contra a desocupação de posseiros da Terra Indígena de Marãiwatsédé com bloqueios de trechos na rodovia BR-158. Há dias, um trecho das rodovias 158 e 242 está bloqueado na região de Alto Boa Vista, a 1.065 quilômetros de Cuiabá.
Em Água Boa, a 736 quilômetros de Cuiabá, um grupo de 70 produtores rurais fechou a rodovia BR-158 na saída da cidade. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a manifestação começou a partir das 15h. O congestionamento, segundo a PRF, ainda não formou grandes filas. Carros, caminhões e ônibus estão impedidos de passar no local. O tráfego está liberado apenas para ambulâncias.
Na cidade de Ribeirão Cascalheira, a 893 quilômetros de Cuiabá, o bloqueio ocorre em uma ponte localizada na entrada da cidade. Já em Nova Xavantina, a 651 quilômetros de Cuiabá, a Polícia Militar informou ao G1 que um grupo de manifestantes prepara um bloqueio na saída da cidade. A corporação disse ainda que acompanha a movimentação no local.
Desabastecimento
Na região Nordeste de Mato Grosso, onde se concentra o processo de desocupação da Terra Indígena Marãiwatsédé, o risco de desabastecimento é iminente na comunidade de Posto da Mata por conta dos bloqueios das rodovias 158 e 242. Desde o último sábado (8), as estradas estão fechadas. Durante o período, a passagem de veículos ocorreu em períodos determinados, mas filas ainda são comuns.
Na cidade de Alto Boa vista, empresas do setor alimentício já operam com estoques baixos. Em outras, os mantimentos não devem durar muito tempo."Já estão faltando gêneros alimentícios e as prateleiras estão desfalcadas. Verduras, frios e laticínios não há mais. O estoque é reduzido porque as mercadorias estão retidas na barreira. O que era para ser fornecido não foi", disse ao G1, Margout Menez Pereira, gerente geral de um supermercado.
 A série de bloqueios teve início desde que fora iniciada a operação para retirada das famílias do território Marãiwatsédé. O prazo conferido pela Justiça para que os posseiros deixassem a área de forma voluntária finalizou ainda na quinta-feira (6).
Nesta segunda-feira (10), durante o primeiro dia de desocupação da área, um grupo de produtores rurais e policiais envolveu-se em um confronto. A confusão ocorreu em uma propriedade rural distante a 20 quilômetros da comunidade de Posto da Mata. A associação que representa os produtores rurais apontou para 20 o total de feridos.
Apesar do clima considerado mais "ameno" nesta terça-feira (11), produtores da região continuam acompanhando a ação dos oficiais da Força Nacional de Segurança e das polícias Federal e Rodoviária. Segundo a Fundação Nacional do Índio (Funai), quatro propriedades rurais foram desocupadas nesta terça-feira.  Os agentes estão na área 1, que agrega as maiores propriedades rurais. Pelo processo de desocupação, as grandes propriedades serão as primeiras visitadas para, em seguida, atingir os pequenos produtores.

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