MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Solidariedade de Natal está ligada à pressão social, diz psicóloga do AM


Sentimento de caridade tem origem na base educacional da família.
Psicóloga afirma que nem todos são atingidos por altruísmo de fim de ano.

Girlene Medeiros Do G1 AM

Estudantes da UFSCar promovem entrega de cestas de Natal em entidades de São Carlos (Foto: Divulgação/Natal Solidário)Na época natalina, muitas pessoas costumam montar grupos para arrecadar brinquedos destinado a doações  (Foto: Divulgação/Natal Solidário)
O Natal costuma aflorar os sentimentos positivos. Entre eles, a solidariedade. Nesta época, pessoas se unem em prol de quem precisa com o objetivo de alegrar a celebração para os mais necessitados. Para especialistas, a vontade dos homens em promover mutuamente o bem uns aos outros pode estar associada também à educação recebida pelos familiares e à pressão social.
Para os cristãos, a festa natalina celebra o nascimento do salvador Jesus Cristo. Acredita-se, então, que a onda de positividade tenha origem na influência da pureza que essa época representa. As boas ações, segundo a psicóloga social Maria Vilani Siqueira, fazem bem para a saúde e estão interligadas aos valores do indivíduo e à cultura religiosa de cada um.
Sentimento altruísta só acontece mesmo em pessoas amadurecidas"
Maria Vilani
No entanto, muitos dos autores de atitudes caridosas acabam retornando aos antigos hábitos comportamentais nos primeiros meses do ano. Nesse momento, o plano de um ano novo melhor com uma visão mais altruísta vai por água abaixo e passa a 'magia do natal'.
A consciência social e a necessidade de aceitação é uma das principais necessidades humanas que atinge os indivíduos em época de solidariedade aguçada. "Esse sentimento altruísta só acontece da verdade quando as pessoas que o praticam estão socialmente amadurecidas e não esperam nada do outro. Muitos agem com bondade no natal porque já virou tradição. Significa ceder a uma pressão social já que todos estão se comportando dessa mesma maneira", disse Vilani.
A motivação em prol de ajuda ao próximo, recebida ainda na infância, é a origem do desenvolvimento dos valores éticos exercidos independente do mês. Em geral, a família que tem costuma realizar trabalhos voluntários, principalmente no fim do ano, passam a tradição para os filhos. "No Natal, há a questão do salvador. Lembra-se dos sonhos que se realizarão no ano que chega. É um tempo de muita esperança", disse Maria Vilani.
O sentimento por um tempo melhor é a inspiração da assistente social, Andreia Alves que arrecada roupas para doação independentemente do período do ano. Neste natal, a jovem está concentrada em conseguir objetos para as vítimas do incêndio que atingiu a comunidade Artur Bernardes, na Zona Oeste de Manaus, no último dia 27. Os desastres, na opinião de Andreia, é um dos fatores que mais motiva as pessoas a mostrar o lado sensível ao próximo. "Algumas pessoas abraçam a causa. Levamos sacolas imensas com doações para os moradores da área incendiada", afirmou.
Natal Solidário arrecada mantimentos e produtos para entidades de São Carlos (Foto: Divulgação/Natal Solidário)Natal Solidário arrecada mantimentos e produtos para entidades de São Carlos (Foto: Divulgação/Natal Solidário)
Há cinco anos, Andreia continua com a peregrinação em busca de roupas, alimentos e produtos de higiene pessoal. Desta vez, para os sem-teto que vivem no centro da capital. "Participo de um grupo que realiza doações e faz sopa para os moradores de rua. É um sentimento de gratidão muito grande que invade meu coração. Atualmente, não me preocupo com presentes do Natal, mas sim no que posso angariar para quem mais está precisando. Quando a gente ajuda, ganha muito mais", disse.
A vontade de se doar pelos demais e o espírito de alegria, principalmente nos últimos meses do ano, no entanto, não atinge a todos. "Nós temos que levar em consideração as pessoas depressivas. O próprio espírito de Natal nos leva a esse sentimento de solidão ao depressivo quando nós não realizamos tudo o que gostaríamos de ter realizado", explicou a psicóloga Maria.

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