MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sábado, 15 de dezembro de 2012

Suspeita de sabotagem em ponte para trânsito em área de desocupação


Pilares de sustentação foram serrados e quase provocou acidente.
Operação de desocupação de área indígena começou na segunda (10).

Do G1 MT

Ponte BR-158 em Mato Grosso (Foto: Reprodução/TVCA)Ponte de madeira na BR-158 em Mato Grosso. Caminhão fica preso e por pouco não cai em rio
(Foto: Reprodução/TVCA)
Uma ponte de madeira na BR-158, que liga Mato Grosso ao estado do Pará, cedeu e por pouco um caminhão não caiu. Parte da estrutura foi queimada e os pilares de sustentação serrados. Ela está localizada a 25 km do distrito de Posto da Mata, em Alto Boa Vista, a 1.064 km, região onde desde a última segunda-feira (10) os oficiais de justiça e forças policiais dão sequência ao plano de desocupação da reserva Marãiwatsédé.

O bloqueio impediu a passagem de veículos pela rodovia federal, mesmo o tráfego sendo liberado na manhã deste sábado (15) pelos manifestantes que foram obrigados a deixar a área. Motoristas que há pelo menos oito dias não conseguem seguir viagem acreditam em um sabotamento e falam em armadilhas.

"Por que eles fazem uma armadilha dessas para nós? Abriram cedo para nos matarmos aqui", afirmou Silvio Sérgio. O motorista que passava sobre a ponte diz que a remoção do veículo preso só será possível com a ajuda de equipamento. "Estralou aqui, eu tentei avançar e escapou a frente. Quebrou os dois lados de uma hora só. Tem que ter um guindaste para tirar", afirmou Waldenir Wilers.
 Os caminhoneiros tentaram improvisar uma passagem com pedras e pedaços de madeira no meio do rio. "É juntar todo mundo para tentar fazer uma estrada aqui", falou Valdir Canarana. Os motoristas presos ao bloqueio já relataram prejuízos de até R$ 1 mil dia pela não continuidade da viagem. "Uma carga que entregaria com dois dias já vai pra oito dias", diz Maciel Fernandes.
A operação para retirada das famílias da área xavante iniciou na última segunda-feira (10). De acordo com a Fundação Nacional do Índio (Funai), cerca de 20 mil hectares foram oficialmente retomados. Pelo menos 13 grandes fazendas foram atingidas pela desintrusão. A maioria estava desocupada, conforme balanço.

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