MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Vai faltar peixe em Fernando de Noronha




por Ana Clara Marinho |


Pontos de pesca foram reduzidos (Foto: Carlos Marenga/Acerso Pessoal)
Sabe aquela frase “tem, mas tá faltando”? Quem estiver em Fernando de Noronha neste final de ano deve ouvir muito isso quando pedir peixe nos bares e restaurantes da ilha por conta da determinação de reduzir em 60% os pontos de pesca de Noronha, indicada pelo Instituto  Chico Mendes. O presidente da Associação de Pescadores de Fernando de Noronha, Ampesca, Orlando Souza, confirma que vai faltar peixe na ilha no final do ano. “Vai faltar sim, com a redução das áreas de pesca não há como oferecer o produto na quantidade procurada pelos comerciantes” disse o presidente.
Pescadores reverter a redução das áreas de pesca (Foto: Ana Clara Marinho)
 Uma das primeiras consequências da falta do produto é o aumento no preço. “Na semana passada me ofereceram peixe por 20 reais o quilo, quando eu comprava por 12 reais, é o primeiro reflexo” avaliou o dono de restaurante Auricélio Romão, que também é presidente da Associação de Bares e Restaurantes de Noronha-Abreno. Maria da Conceição Veras, também dona de restaurante, afirma que a alternativa encontrada é comprar o pescado fora da ilha com preço em média 35% mais alto que na ilha, e ainda com qualidade inferior. “Quando a gente compra fora tem que brigar para conseguir embarcar o material para Noronha, é muito difícil” afirma.
Os donos de pontos de comércio estão a procura de soluções alternativas. Auricélio Romão informa que a Abreno vai realizar reunião com os associados para tentar montar uma estratégia para garantir o abastecimento dos bares e restaurantes. O presidente da Ampesca está em busca  de apoio. “Vamos procurar os representantes do Ministério da Pesca para garantir condições de trabalho” diz Orlando. Ele informa que a produção na ilha era cerca de dois mil quilos de peixes por mês. “O peixe já não era suficiente para atender a procura, agora com as restrições a situação só pode piora” prevê.
Operação
A redução das áreas de pesca foi  determinada depois de uma operação executada pelos fiscais do Instituo Chico Mendes, Polícia Federal e a Marinho do Brasil no último dia 09 de novembro, quando seis pescadores da ilha forram detidos , acusados de pesca na área do Parque Nacional Marinho. Desde que o Parque foi criado, há 24 anos, os pescadores locais recebiam a orientação para fazer captura em áreas com profundidade superior há 50 metros de profundidade.
“Na época em que o Parnmar  foi criado não existiam equipamentos com a precisão de hoje. De fato, em algumas áreas com profundidade maior que 50 metros ainda é Parque Nacional “ explicou Ricardo Araújo, diretor do Parque,  aos pescadores. Ricardo informou que a determinação continua, Do total das áreas tradicionalmente utilizadas como pontos de pesqueiros, em apenas 40%   podem ser feitas pesca. “Vou encaminhar a solicitação da categoria para direção do Icmbio em Brasília, mas até nova orientação a restrições devem ser respeitadas” orienta o diretor do Parque.

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